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Agronegócio & Produção

Demanda de leite supera oferta, mas mercado regional poderá mudar com genética e logística

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Uma demanda quase quatro vezes superior à oferta. Esta é a realidade do mercado do leite em Tangará da Serra e região. Somente um laticínio tangaraense possui uma necessidade de matéria prima de 30 mil kg/dia, mas obtém apenas oito mil quilos dos produtores locais. Há, ainda, outro laticínio, localizado em Arenápolis, que demanda quantidade ainda maior.

Somente um laticínio tangaraense possui uma necessidade de matéria prima de 30 mil kg/dia, mas obtém apenas oito mil quilos dos produtores locais.

Em conversa com o Enfoque Business, o produtor Evanildo da Silva Brito revela que sua média na propriedade é de 23 kg/dia, mas o ideal seria uma média de 30 kg/dia por vaca leiteira. “Vaca que produz menos de 30 litros/dia vai para descarte em regiões de maior produção”, considera. Ele fornece para um laticínio localizado em Arenápolis e aposta na melhoria da atividade, apontando para algumas condições, como o aprimoramento genético dos plantéis e preços mais atrativos.

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O zootecnista Sebastião Guedes Maciel, organizador do 14º Torneio Leiteiro e representante do Sindicato Rural de Tangará da Serra na Exposerra/2019, concorda com Evanildo. Par Maciel, o fortalecimento da bacia leiteira de Tangará da Serra e região passa por uma série de fatores, que vão desde a melhoria genética do rebanho até a questão logística. “Temos uma demanda muito grande aqui na região e vai crescer ainda mais”, avalia, considerando a tendência de crescimento da economia regional para os próximos anos.

Maciel: “Temos uma demanda muito grande aqui na região e vai crescer ainda mais”.

Para o zootecnista, a região de Tangará da Serra vai crescer com a aproximação da região oeste do estado, a partir da pavimentação da MT-339. Com esta rodovia pavimentada, um dos reflexos será a fusão da bacia leiteira da região de Tangará da Serra com a da região onde se localizam municípios como Araputanga, São José dos Quatro Marcos, Lambari do Oeste, Salto do Céu e Rio Branco, que é a maior do estado. Isto significará um intercâmbio da cultura produtiva e, assim, produção leiteira em grande escala. Por consequência, haverá condições para instalação de grandes laticínios. “Se ocorrer a fusão destas duas bacias leiteiras, a realidade do mercado do leite será completamente diferente. Estes produtores que estão aguentando agora, passando por este momento difícil, vão ganhar dinheiro lá na frente”, disse, em conversa com a reportagem do Enfoque Business.

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(*) Ouça no áudio abaixo a fala de Sebastião Guedes Maciel fala sobre Torneio Leiteiro e realidade do mercado local.

Bacia

Hoje, a bacia leiteira de Tangará da Serra não consegue atender à demanda de um único laticínio, que tem capacidade de industrialização de 30 mil quilos/dia.

A produção leiteira não passa dos 8.000 quilos diários, que rende cerca de R$ 240 mil mensais – cerca de R$ 2,8 milhões/ano – aos produtores locais.

Evanildo da Silva Brito revela 23 kg/dia em sua propriedade: Ideal seria ao menos 30 kg/dia por vaca leiteira.

(*) Texto e fotos: Amanda Reichert e Sergio Roberto

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Agronegócio & Produção

Safra será de 322,6 milhões/tons em 2025, segundo previsão do IBGE; MT lidera produção

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No terceiro prognóstico para a safra 2025, a produção de cereais, leguminosas e oleaginosas deve somar 322,6 milhões de toneladas, com alta de 2,5% ante o 2º prognóstico (7,8 milhões de toneladas) e alta de 10,2% frente a 2024 (29,9 milhões de toneladas).

Esperam-se acréscimos na produção da soja (15,4% ou 22 347 519 t), para o milho 1ª safra (9,3% ou 2 124 233 t), para o milho 2ª safra (4,1% ou 3 736 047 t), para o arroz (8,1% ou 856 065 t), para o trigo (4,8% ou 360 657 t) e para o feijão 1ª safra (30,9% ou 276 071 t). Para o algodão herbáceo em caroço foi estimado uma estabilidade na produção (0,0% ou 2 354 t), enquanto para o sorgo foi estimado um declínio de 3,2% ou
-127 668 t.

Já a safra de 2024 alcançou 292,7 milhões de toneladas, com queda de 7,2% (22,7 milhões de toneladas) ante a safra de 2023. A área colhida em 2024 chegou a 79,0 milhões de hectares, com alta de 1,6% (ou mais 1,2 milhão de hectares) frente a 2023.

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Na produção, ocorrem acréscimos de 14,6% para o algodão herbáceo (em caroço); de 3,0% para o arroz; de 5,0% para o feijão, bem como decréscimos de 4,6% para a soja, de 12,5% para o milho (reduções de 17,4% no milho de 1ª safra e de 11,2% no milho de 2ª safra), de 2,9% para o trigo e de 7,5% para o sorgo.

Para a soja, a estimativa de produção foi de 144,9 milhões de toneladas. Quanto ao milho, a estimativa foi de 114,7 milhões de toneladas (22,9 milhões de toneladas de milho na 1ª safra e 91,8 milhões de toneladas de milho na 2ª safra). A produção do arroz foi estimada em 10,6 milhões de toneladas; a do trigo em 7,5 milhões de toneladas; a do algodão herbáceo (em caroço) em 8,9 milhões de toneladas; e a do sorgo, em 4,0 milhões de toneladas.

Entre as unidades da federação, o Mato Grosso lidera como o maior produtor nacional de grãos, com participação de 31,4%, seguido pelo Paraná (12,8%), Rio Grande do Sul (11,8%), Goiás (11,0%), Mato Grosso do Sul (6,7%) e Minas Gerais (5,7%), que, somados, representaram 79,4% do total. Com relação às participações regionais, tem-se a seguinte distribuição: Centro-Oeste (49,4%), Sul (26,8%), Sudeste (8,8%), Nordeste (8,8%) e Norte (6,2%).

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