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Aposentados: Justiça Federal determina suspensão de parcelas de consignados por quatro meses

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A Justiça Federal de Brasília, através da 9ª Vara Federal Cível do DF, determinou nesta segunda-feira que os bancos suspendam as parcelas de consignados concedidos a aposentados por quatro meses, sem pagamento de juros ou multa.

A decisão é do juiz Renato Coelho Borelli, em atendimento a um pedido do advogado Márcio Casado, que entrou uma Ação Popular sobre as medidas do Banco Central que liberaram R$ 1,2 trilhão no sistema bancário no fim de março. A decisão atende os aposentados pelo INSS ou em regime próprio.

Em sua decisão, o juiz considera que “(…) é medida necessária para garantir que os idosos, atingidos em maior número por consequências fatais do SARS-CoV-2, possam arcar com o custeio do tratamento médico necessário. O que, a longo prazo, pode impedir que esses idosos saiam de suas casas para ir a hospitais ou postos de saúde, onde normalmente tem acesso à médicos e medicamentos, pois com mais recursos podem receber tratamento médico em suas residências”.

Além dessa medida, o juiz determinou que as instituições financeiras não distribuam lucros e dividendos em valores superiores aos previstos em lei. A medida deve permanecer enquanto o Banco Central atuar no enfrentamento aos efeitos do coronavírus. No início do mês, o BC já havia feito essa vedação, temporariamente, até 30 de setembro.

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A mesma decisão também traz a determinação de que as medidas do Banco Central que aumentem a liquidez (injetem recursos) nas instituições financeiras deverão ter como contrapartida a prorrogação das operações de crédito para pessoas físicas e jurídicas por 60 dias sem cobrança de multa.

Para as medidas que já estão em vigor, o juiz também determinou que o BC edite normas complementares para fazer a vinculação entre a liberação de recursos e ampliação da oferta de empréstimos e financiamentos para “empresas e famílias atingidas pela pandemia de Covid-19”.

A decisão determina também que as futuras medidas do Banco Central junto ao sistema financeiro devem vir acompanhadas de uma “contrapartida aos seus clientes”.

“Não há dúvidas que a omissão do Governo, por meio do Banco Central do Brasil, na criação de deveres e obrigações às instituições financeiras, quando das providências de aumento da liquidez, criaram um ambiente hostil aos empreendedores, onde só os fortes têm alguma chance de sobreviver. E, quando falamos em “fortes”, falamos das próprias instituições financeiras, com total liquidez e com praticamente ZERO de repasse aos empreendedores. A concessão de contrapartida emergencial é medida que se faz imperativa” – diz a decisão.

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Na semana passada, o mesmo juiz proibiu os bancos de aumentarem as taxas de juros e alterarem as exigências para conceder empréstimos e financiamentos. Borelli entendeu que as medidas de liberação de depósitos compulsórios, recursos que os bancos são obrigados a manter guardados, não atingiram o objetivo final, de fomentar a disponibilidade de crédito.

Colaterais

A Federação Brasileira de Bancos (Febraban), disse em nota que a decisão gerará consequência imediata e um quadro “ainda maior de incertezas”. Segundo os dados da Febraban, a carteira de crédito do consignado do INSS é de R$ 142 bilhões.

A Febraban também disse que decisões como essa podem causar uma forte retração de novas concessões. “Decisões dessa natureza, sem a análise de casos concretos porventura existentes, têm abrangência genérica e indiscriminada, o que prejudica o ambiente de negócios, retrai o crédito e incentiva quebra de contratos, prejudicando os próprios consumidores”.

Sobre o assunto, o Banco Central disse que não comenta ações judiciais em curso. A Advocacia-Geral da União (AGU) disse que só se posicionará em juízo.

(*) Redação EB, com informações de Gabriel Shinohara/O Globo

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MT terá free shop em Cáceres, mas especialistas cobram Tramo Norte e hidrovia

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O governador Mauro Mendes, anunciou, esta semana, a criação de um free shop – uma zona comercial que vende produtos importados livres de impostos – na cidade de Cáceres. O anúncio foi feito após reunião com diversas autoridades e representantes da região Oeste do estado.

Mendes explicou que o governo estadual fez uma análise criteriosa da questão e decidiu por autorizar o free shop. Ele afirmou que, ainda nesta semana, a lei será enviada para a Assembleia Legislativa. O objetivo é “dar segurança jurídica” à decisão.

Com a medida, o governo projeta um avanço econômico para Cáceres, servindo como polo de desenvolvimento e atraindo empresas.

Cáceres será contemplada com free shop, mas nível de renda preocupa (foto: SEAF-MT)

Para a prefeita de Cáceres, Eliene Liberato, o free shop, além de desenvolver o comércio de toda a região, vai atrair turistas e mudar o perfil de Cáceres, trazendo benefícios para os municípios do entorno.

O presidente da Assembleia Legislativa, Max Russi, acompanhou o anúncio e garantiu que vai trabalhar para aprovar o projeto de lei “o mais rápido possível”. Ele ressaltou que essa iniciativa vai deixar um legado, somando-se “aos outros grandes investimentos do governo em Cáceres, Zona de Processamento e Exportação, as obras no aeroporto, reforma de escolas e novas estradas”.

Cobrança pela hidrovia

O sucesso do free shop, porém, depende de algumas realizações. Afinal, uma zona de livre comércio comercializa seus produtos em dólar, o que exige um nível mais elevado de renda.

Para o economista Silvio Tupinambá, da Agenda Regional Oeste (ARO), a viabilização da hidrovia a partir de Cáceres é condição sine qua non para a ampliação da renda em Cáceres e região. “Não adianta termos um free shop se a renda da região é insuficiente… Os produtos nesse free shop são caríssimos, então tem que ter poder aquisitivo para garantir a circulação de dinheiro”, avalia.

Terminal portuário em Cáceres: Hidrovia precisa de liberação do Tramo Norte.

Ele faz uma comparação com o free shop existente em Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul. “Mas lá é fronteira com Paraguai e a renda é superior”, diz, comparando a economia das duas cidades. Enquanto em Cáceres o PIB adicionado é de R$ 2,2 bilhões e o per capita é de pouco mais de R$ 23,7 mil, em Ponta Porã o PIB global passa dos R$ 5 bilhões, com um per capita de R$ 52,7 mil.

Tupinambá teme a conversão da ZPE e do próprio free shop em “elefantes brancos” se a hidrovia não entrar em operação no curto prazo: “A pergunta que fica é: Cadê o tramo norte???”

Com base nesta reflexão, Tupinambá defende a liberação do tramo norte do rio Paraguai para navegação comercial. Com essa condição logística, a produção da Zona de Processamento de Exportação (ZPE) poderá ser escoada em alta tração, com frete bem mais barato, proporcionando competitividade. “Aí, sim! A ZPE operando em combinação com a hidrovia e o escoamento das commodities pelo modal hidroviário resultariam numa grande movimentação regional de valores, mais empregos e, por consequência, mais renda”, observa o economista.

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Sílvio Tupinambá teme a conversão da ZPE e do próprio free shop em “elefantes brancos” se a hidrovia não entrar em operação no curto prazo. “A pergunta que fica é: Cadê o tramo norte???”, questiona.

Situação

A questão da liberação do tramo norte do rio Paraguai para navegação comercial é uma grande expectativa entre os empreendedores. Segundo o empresário Claudio Padilha, diretor do futuro terminal portuário de Paratudal, “as gestões políticas e o envolvimento da sociedade civil são imprescindíveis para apoiar o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) a manter a dragagem em execução no tramo norte e incluir nesse processo a Lagoa Gaiva e a licença de operação do IBAMA”.

Porto de Paratudal deverá entrar em operação em meados de 2026.

Padilha destaca que a atuação da bancada federal de Mato Grosso é fundamental para  direcionar verbas especificas ao DNIT para as operações de dragagem e contratação de estudos para cumprir com as exigências do IBAMA e outros órgãos envolvidos no processo.

O diretor reforça a importância da força política, incluindo os prefeitos e prefeitas da região, incluindo Tangará da Serra, Barra do Bugres, Nova Olímpia e o Chapadão dos Parecis.  “Os gestores dos municípios da região de influência da hidrovia do Paraguai podem atuar juntos aos representantes dos seus partidos na Câmara Federal para ampliar esse engajamento, assim como entidades e associações ligadas ao agronegócio no estado”, disse.

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Cláudio Padilha informa, ainda, que os empreendedores estão fazendo sua parte. “Nós, da iniciativa privada e diretamente interessados no tema, já tivemos reuniões com o setor aquaviário do DNIT e estamos mantendo contato no sentido de pedir urgência na atuação dos mesmos para apresentarem uma solução, em especial quanto ao impasse da dragagem da Gaiva”, finalizou Claudio Padilha.

(Redação EB, com Sapicuá RN)

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