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Famato Embrapa Show

Após abertura com grande público, evento segue hoje com painéis sobre solo e nutrição

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O salão principal do Cenarium Rural, em Cuiabá, ficou lotado na noite de ontem (quarta, 22) para abertura do Famato Embrapa Show,  evento que reúne mais de 60 soluções desenvolvidas pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) para apoiar agricultores e pecuaristas a terem mais eficiência e sustentabilidade na produção.

O evento teve em sua abertura a palestra sobre “Como Entregamos Valor à Sociedade”, com o diretor executivo de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa, Guy de Capdeville, e segue nesta quinta com painéis e debates sobre temas relacionados a solo e nutrição.

Abertura

Normando Corral: Famato Embrapa Show une Ciência e prática.

O presidente do Sistema Famato, Normando Corral, abriu oficialmente o evento destacando a importância da pesquisa no desenvolvimento da produção agropecuária, que tornou o Brasil “uma solução na produção de alimentos”.

Normando observou que o Famato Embrapa Show une Ciência – através das pesquisas, no caso da Embrapa – e prática, através do uso das tecnologias pelos produtores rurais em suas atividades produtivas. A partir deste conceito, segundo Normando, veio a ideia de realizar o evento. “Identificamos as tecnologias que seriam mais úteis para os desafios atuais e futuros do agro de Mato Grosso. O resultado é essa grande vitrine de inovações”, relatou.

Além de Normando, houve pronunciamentos de autoridades – como o senador Wellington Fagundes – e entidades ligadas ao Agro e lideranças do setor produtivo.

Palestra magna

Na sequência, Guy de Capdeville, da Embrapa, destacou em sua palestra as virtudes da produção agropecuária no Brasil, como a condição de sustentabilidade adquirida ao longo de três décadas. “Estamos ouvindo, lá fora, em vários países, muitas críticas e discursos contrários à nossa sustentabilidade. Mas estes países querem, para eles, o desenvolvimento, enquanto a sustentabilidade tem que ficar para nós”, criticou.

Capdeville observou que o Brasil tem, sim, produção agropecuária sustentável há três décadas, período incluíd

o nos últimos 50 anos, em que o país abandonou um quadro de insegurança alimentar para alcançar a condição de celeiro da produção.

O diretor executivo da Embrapa destacou, também, que na última década o Brasil se encontra num estágio em que aumentou cinco vezes sua produção de grãos, ampliou a produtividade de trigo e milho em 240% e de arroz em 315%. Ele citou o setor florestal – cuja produtividade saltou 140% – e a pecuária bovina (cujo rebanho dobrou nesse período), e a produção de carne de frango, que cresceu 59 vezes.

Hoje

Nesta quinta-feira, a programação inclui uma série de painéis com minipalestras. A primeira rodada será das 10h30 às 11h45. Um dos temas é o uso do inoculante BiomaPHOS, que foi desenvolvido pela Embrapa a partir de duas bactérias para melhorar a absorção de fósforo pelas culturas.

Nos outros dois minipalcos, especialistas vão falar sobre experimentos ‘on farm’ em Mato Grosso e, também, sobre formas de redução aos danos do nematoide Pratylenchus brachyurus.

Já no período da tarde, das 16h30 às 17h45, o produtor rural poderá escolher entre conhecer mais sobre como fazer um diagnóstico rápido da estrutura e compactação do solo, sobre o sistema Gravataí para criação do “boi safrinha” ou sobre inoculante para braquiárias.

(*) Acesse mais detalhes no link: https://sistemafamato.org.br/famatoembrapashow/#oevento

(*) Famato Embrapa Show tem transmissão ao vivo. As palestras do auditório principal poderão ser acompanhadas online pelo youtube da Famato: youtube.com/sistemafamato

Programação completa, acesse: sistemafamato.org.br/famatoembrapashow

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Famato Embrapa Show

Pulses e culturas especiais são opções para Mato Grosso atingir novos mercados

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Mato Grosso é destaque mundial na agricultura, especialmente em produção de soja, algodão e milho. Mas o cultivo dos pulses e culturas especiais está crescendo no estado e abrindo um leque de novas possibilidades de mercado para os produtores rurais.

“Precisamos ter alternativas para a segunda safra e quanto mais culturas, melhor e temos a possibilidade de desenvolvermos mercados que nem imaginávamos. No caso dos pulses, por exemplo, temos países asiáticos que são grandes consumidores e podem ser nossos clientes”, diz Ricardo Arioli, coordenador técnico do Famato Embrapa Show, realizado em Cuiabá (MT).

Durante o evento, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) apresentou alternativas para os agricultores como o amendoim, pulse cuja cultura será ainda mais impulsionada pela implementação de uma indústria no município de Nova Ubiratã, que deve consumir a produção de uma área de 30 mil hectares.

Mostra de variedades de pulses no Famato Embrapa Show: Países asiáticos são grandes consumidores e compõem grande mercado.

O feijão caupi é outra leguminosa que vem caindo no gosto do agricultor mato-grossense como opção de rotação e de receita.

“O milho tem uma janela estreita e, aproveitando as chuvas, o produtor rural pode utilizar o cultivo do feijão nesta área”, diz Adão Cabral, pesquisador da Embrapa Meio Norte. A cultivar adaptada a Mato Grosso, a BRS Imponente, atende à demanda dos mercados internacionais. São 125 mil hectares cultivados no estado.

Nas culturas especiais, a área de gergelim está em crescimento em Mato Grosso. “A cultura está em pleno avanço porque tem muitas utilidades para o gergelim. É interessante como rotação de cultura, mas precisa de empresas consumidoras no estado”, afirma Luiz Gonzaga Chitarra, pesquisador da Embrapa Algodão.

Trigo

O trigo é uma cultura que vem sendo introduzida em Mato Grosso há alguns anos de forma gradual. Tradicionalmente cultivado no frio, já existem cultivares desenvolvidas pela Embrapa para o Centro-Oeste. “Há falta de trigo para abastecer o mercado interno brasileiro, então é uma oportunidade de expandir o cultivo para o Cerrado e suprir essa demanda”, afirma Anderson Ferreira, da Embrapa Trigo.

Há quatro cultivares recomendadas para o Cerrado: BRS 254, BRS 264, BRS 404 e BRS 394, tanto para cultivo irrigado como para sequeiro. Segundo Ferreira, as avaliações feitas no Centro-Oeste mostraram que com irrigação a produtividade foi de 160 sacas por hectare e, em sequeiro, 50 sacas por hectare.

“É importante lembrar que o trigo irrigado tem um pacote tecnológico mais caro e o de sequeiro, embora menos produtivo, também é rentável para o produtor”.

Como gargalos, o pesquisador aponta a doença bruzone, que pode acometer a cultura, e ainda políticas públicas para que o estado se desenvolva de forma a absorver a produção do trigo.

Soja

A área de soja convencional cresce em Mato Grosso devido à rentabilidade observada pelo produtor rural nas últimas safras. O estado é responsável por 50% do plantio de soja convencional do Brasil, segundo o Instituto Soja Livre.

No Famato Embrapa Show, cinco cultivares foram apresentadas como opções para o plantio no estado: BRS 8381, BRS 8581 – variedades já consolidadas, a BRS MG 534 e os lançamentos BRS 7781 e BRS 7582.

“São cultivares que possuem características como resistência à ferrugem asiática, à nematoides de galha e de cisto, bem como materiais de ciclo curto e longo e alta produtividade”, explica Eduardo Vaz, gerente executivo do Instituto Soja Livre.

Variedades transgênicas também foram trazidas para o evento pela Embrapa. A BRS 5980 IPRO, com duas transgenias e resistência a glifosato e lagartas, e a BRS 7380 RR, com resistência ao glifosato.

“Trouxemos estas variedades porque têm resistência a nematoide de galha e cisto, muito bem adaptadas aos estados de Goiás, Minas Gerais e São Paulo”, diz Ilson Alves Afonso, da Fundação Cerrados.

Evento

Idealizado pela Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) e construído em parceria com a Embrapa Agrossilvipastoril e o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-MT), o Famato Embrapa Show apresentou de 22 a 24 de junho mais de 60 inovações desenvolvidas por 14 unidades da Embrapa em diversas regiões do Brasil. São tecnologias com foco em sistemas produtivos de grãos, fibras e pecuária de corte, além de tecnologias de saneamento básico rural.

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