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Infraestrutura & Logística

Agenda Cáceres: Com requerimento já protocolado na Marinha, porto deverá entrar em operação a partir de dezembro

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A APH – Associação Pró-Hidrovia – protocolou na última terça-feira (04), na Marinha do Brasil, o Requerimento de Autorização de Instalação do Terminal Portuário de Cáceres. O documento foi protocolado, na própria cidade de Cáceres, pelo gerente administrativo da empresa responsável pela unidade, Djalma Diomedes de Freitas, junto à Agência Fluvial da Marinha.

O documento foi recebido pelo comando local da Marinha, através do Capitão Tenente Estanislau Geraldo de Carvalho e o Tenente Luiz Carlos Cavalante Neto. O protocolo foi acompanhado pelos integrantes da expedição Agenda Cáceres e pelo diretor do Conselho de Desenvolvimento da FIEMT, Júlio Parreira.

Momento do protocolo do requerimento junto à Agência Fluvial de Cáceres, na última terça-feira.

Com o requerimento – demanda administrativa condicionante para a entrada em operação da unidade portuária – a Marinha irá analisar estudos anexados ao requerimento (em especial as medições de batimetria) e estabelecer regras para as manobras das embarcações que atracarão no terminal portuário para carga e descarga, no rio Paraguai.

A partir do documento protocolado, a Marinha também determinará as regras de segurança e outras normas relacionadas à atividade portuária – incluindo circulação de embarcações voltadas ao turismo (chalanas) e de porte pequeno – e no entorno da área de manobras.

APH investiu cerca de R$ milhões na restauração e melhoramentos da estrutura portuária.

Uma vez autorizadas as operações do Terminal Portuário de Cáceres, terá início uma movimentação considerável para carga e descarga de grãos e cargas gerais. A unidade portuária de Mato Grosso será o ponto mais extremo ao norte da Hidrovia Paraguai-Paraná (HPP).

Os produtos que predominarão nos embarques serão soja, milho e madeira, enquanto que a descarga terá por destaque a ureia, principal fonte de nitrogênio para a agricultura que virá principalmente da Bolívia, além de outros produtos como trigo, máquinas, equipamentos, peças e outros bens duráveis.

Segundo a gerência administrativa da APH, a previsão de início das atividades do Terminal Portuário de Cáceres é para o mês de dezembro. Desativada desde o início da década passada, a Estação de Transbordo de Cargas (ETC) tem recebido pesados investimentos em sua recuperação. Sob direção do empresário rural Vanderlei Rick Junior, de Tangará d Serra, a APH já investiu cerca de R$ 5 milhões na restauração e melhoramentos do complexo, da estrutura física à parte lógica.

Assim que entrar em operação, o terminal portuário terá capacidade de embarcar 600 toneladas/hora e desembarcar quantidade similar de cargas em bags, através de guindaste. Somente em grãos, a capacidade de movimentação de cargas será de 1 milhão de toneladas/ano.

Instalada numa área de 02 hectares, a estrutura conta com moega com tombador de caminhões e respectiva sala de comando, sala de análise de umidade de grãos, dois silos e quatro esteiras para carga de grãos, um grande armazém formado por três estruturas metálicas cobertas, um guindaste, além de áreas destinadas à administração e à Receita Federal.

Além do terminal da APH, o rio Paraguai deverá ter, na região de Cáceres, outros dois portos fluviais. Os grupos Centro-Oeste, com sede em Corumbá (MS) e Panchita, do Paraguai, trabalham respectivamente na obtenção dos licenciamentos para instalação dos terminais portuários de Paratudal e Barranco Vermelho. Ambos terão capacidade de movimentação de, ao menos, 5 mil toneladas anuais de grãos.

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Infraestrutura & Logística

Tangará da Serra pode integrar rota de expansão de rede ferroviária em Mato Grosso

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Tangará da Serra pode ser parte, em futuro próximo, de trajetos de ferrovias. A informação foi repassada na manhã desta segunda-feira (17) pelo secretário municipal de Indústria, Comércio e Serviços, Silvio José Sommavilla, durante comentário no programa Primeira Hora, na rádio Serra FM.

Segundo Sommavilla, a possibilidade foi externada pela Agência Nacional de Transportes Terrestres e pelo Ministério dos Transportes, cujos representantes estiveram em Cuiabá na última sexta-feira (14), em audiência pública sobre o tema.

Segundo os órgãos federais, Tangará da Serra poderá estar na rota tanto para o trecho entre Lucas do Rio Verde e Vilhena, como no trecho desde Cuiabá até a já citada cidade rondoniense, dentro do contexto das ferrovias de Integração do Centro-Oeste (FICO) e de Integração Oeste-Leste (FIOL). “Nos deram essa esperança, na expansão da rede de ferrovias”, disse o secretário.

Representando o prefeito Vander Masson, Sommavilla fez uso da palavra, na última sexta-feira, na audiência pública (foto acima), em Cuiabá, defendendo a inclusão de Tangará da Serra nos projetos de expansão ferroviária.

Sommavilla: “Vai depender da nossa articulação política (…), de ficarmos atentos e participar das audiências públicas sobre as expansões e colocar esse pleito nas concessões”.

Os trilhos passariam pelo Chapadão dos Parecis, na área de domínio da BR-364, a cerca de 60 quilômetros do perímetro urbano de Tangará da Serra.

Porém, para viabilizar a conquista dessa logística, seria necessário mobilização especial. “Vai depender da nossa articulação política (…), de ficarmos atentos e participar das audiências públicas sobre as expansões e colocar esse pleito nas concessões”, observou Sommavilla.

Ele informa que uma audiência envolvendo essa expansão acontecerá em Cuiabá, no final de maio, possivelmente nos dias 26 e 27.

Por ser um projeto de execução a longo prazo, a chegada dos trilhos ainda é um sonho distante, mas realizável. “Pode demorar, mas vamos deixar um legado para as próximas gerações”, acrescentou o secretário.

Multimodalidade

A multimodalidade consiste na integração dos modais rodoviário, ferroviário e hidroviário.

A chegada dos trilhos representaria um grande avanço para a região no que se refere a logística de transportes. Com ferrovias passando pelo Chapadão dos Parecis, a região alcançaria a multimodalidade, já que a hidrovia do rio Paraguai, a partir de Cáceres, já é um pleito regional, já com unidades portuárias prontas para operar (caso do Terminal da APH) e licenciadas para construção (Paratudal e Barranco Vermelho), todas em Cáceres.

Outro aspecto a ser considerado e o porto seco que deverá ser implantado em Tangará da Serra, provavelmente na região próxima ao Jardim Industriário e bairro Alto da Boa Vista, às margens do Anel Viário.

Além da competividade proporcionada pela redução do custo do frete, a multimodalidade seria fundamental para reduzir o engargalamento sistêmico hoje verificado nas proximidades do porto de Miritituba, no Pará, em decorrência da grande produção de grãos e colheitas de enormes volumes na mesma época. Também será uma solução para outro problema sério enfrentado pela produção de grãos, que é a limitação da capacidade de armazenamento.

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