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AG Ceres: Mercado se recupera, mas exige avaliação de ampla gama de informações

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A recuperação dos preços da soja de março para os dias atuais, as boas perspectivas para a safra 2024/2025 e as melhoras verificadas nos custos (especialmente os fertilizantes) são fatores que, aos poucos, restabelecem o otimismo no mercado de commodities em Mato Grosso.

Em Tangará da Serra, produtores e empresas de comercialização observam atentamente o atual quadro – inclusive o desenrolar da polêmica causada pela MP 1227, publicada na última terça-feira (04) pelo governo federal (ver tópico ao final) – e levam em conta todas as informações que tenham impacto nos negócios envolvendo soja.

Na prática, a atual conjuntura leva à constatação de que a tomada de decisão no agronegócio pode ser extremamente complicada sem o acesso à tecnologia adequada.

Para o consultor Clóvis Félix de Paula, da AG Ceres, de Tangará da Serra, o mercado está mais pacífico desde que a soja voltou ao patamar das três dígitos no primeiro decêndio de março – quando ficou entre R$ 100 e R$ 104 a saca -, até chegar aos atuais R$ 117 verificados nesta segunda-feira (10). “Há mais otimismo, mas o produtor precisa avaliar um conjunto de informações, seja para vender, seja para segurar a soja”, disse, lembrando a alta do dólar, cotado nesta segunda (10) a R$ 5,35.

Clóvis: O que é melhor, ter o dinheiro em mãos para investir e honrar compromissos ou ter o dinheiro alocado em soja no armazém? Muitas vezes não é questão de mercado, e sim de engenharia financeira”.

O empresário destaca que é preciso “fazer uma equação” considerando vários fatores. O produtor que paga armazenagem e que não tem infraestrutura própria para estocar e movimentar a soja pode ter um custo mensal em torno dos 2 a 2,5% por saca, significando que o produtor tem que medir se vale à pena vender agora ou esperar uma eventual elevação dos preços. “Nessas condições, em 90 dias o produtor tem que torcer para a sua soja subir de R$ 10 a R$ 12. Mas, e o custo total da armazenagem? O que é melhor, ter o dinheiro em mãos para investir e honrar compromissos ou ter o dinheiro alocado em soja no armazém? Muitas vezes não é questão de mercado, e sim de engenharia financeira”, pontua Clóvis Félix de Paula.

Outra questão é sobre a safra 2024/2025. Clóvis observa que as perspectivas são mais positivas, os custos estão melhores e proporcionam uma relação de troca mais favorável para o produtor. Porém, é necessário avaliar as tradicionais incógnitas, como a questão climática (sai o “El Niño”, antra o “La Niña”) e a safra dos Estados Unidos.

O diretor da AG Ceres destaca que a empresa, através de sua equipe de especialistas, tem conversado muito a respeito do atual quadro com seus clientes. “É preciso conversar, fazer as contas, considerar detalhes, pois as situações variam de produtor para produtor”, acrescenta.

MP pode ser devolvida?

Clóvis chama atenção para um assunto que está em voga no ambiente do agronegócio desde a semana passada. Trata-se da MP 1227, publicada na última terça-feira (04) pelo governo federal, que determina alterações na forma de tributação do PIS (Programa de Integração Social) e da Cofins (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social).

A decisão do governo limita o uso dos créditos com o pagamento do PIS/COFINS para abater impostos, o que desagradou empresários do agronegócio e da indústria, que entendem, de uma maneira geral, que a medida traz novas restrições aos contribuintes e atinge todo o agronegócio brasileiro, causando insegurança jurídica e gerando imprevisibilidade no mercado.

“A MP 1227 entrou em vigor imediatamente e pegou todo mundo de surpresa, pois as empresas ligadas ao agronegócio ainda não estão adaptadas a esta mudança… é uma tensão muito grande para retomar a normalidade nas operações e recompor os preços, o que mexe no mercado porque traz incertezas na comercialização, na indústria e em planos de investimentos já contratados”, considerou o diretor da AG Ceres.

Uma possibilidade foi defendida pela Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), que é a devolução da Medida Provisória ao Executivo. Segundo o deputado federal Alceu Moreira (MDB-RS), o impacto da MP é devastador e atinge o agro inteiro. “Contratos fechados onde as trades não faturam mais, exportadores de frango e suíno não exportam mais e os contratos precisarão ser cancelados… a medida mais correta é o presidente do Senado negociar com o governo e devolver a MP. Não há outra solução”, declarou o parlamentar.

Consultoria e logística

A AG Ceres é uma facilitadora dos negócios agropecuários, com intermediação de compra e venda de commodities e histórico de atuações em todo o Brasil e no exterior, estabelecendo uma conexão segura entre o produtor e o mercado, contando com equipe especializada e logística própria.

A sede da empresa é em Tangará da Serra, na rua Ramon Sanches Marques, nº 86-S, Cidade Alta.  Os telefones são (65) 3326-8986 (fixo) e 65 9 9994-4783 (celular/WhatsApp). Nas redes sociais, a AG Ceres tem páginas no Instagram (agcerescorretora) e Facebook (agceres).

A empresa tem filial no estado de Rondônia, com escritório na cidade de Vilhena.

Maiores informações e contatos estão disponíveis no site da empresa: www.agceres.com.

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Mato Grosso recebeu mais de 27 mil novas indústrias em 2024, aponta Jucemat

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Políticas públicas e ações estratégicas de atração de investimentos resultaram na abertura de 27.594 novas indústrias no Estado em 2024. Dados da Junta Comercial de Mato Grosso (Jucemat) apontam que o segmento com mais indústrias abertas foi o de transformação, com 13.776 unidades, seguidos do setor de construção, com 12.906.

Os programas de incentivos fiscais da Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Mato Grosso (Sedec) têm sido o principal chamariz para novas indústrias, conforme explica o secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, César Miranda.

Um exemplo é a indústria de refino de óleo vegetal de algodão, Icofort. A empresa é a primeira do estado com essa atividade e foi inaugurada no mês de setembro, em Nova Mutum. A Icofort inaugurou como beneficiária do Programa de Desenvolvimento Industrial e Comercial de Mato Grosso (Prodeic), a partir do início do seu funcionamento. Ao todo, a empresa gerou 156 empregos diretos e 600 indiretos.

Segundo a SEDEC-MT, incentivos fiscais têm sido o principal chamariz para novas indústrias.

César Miranda ressalta que essa crescente é fruto de um trabalho que vem sendo realizado há alguns anos.  “Mato Grosso é o Brasil que dá certo e a gestão do governador Mauro Mendes tem trabalhado para atrair investimentos que mudam a vida dos mato-grossenses. A Icofort exemplifica esse trabalho. Começamos as tratativas em 2021, até que a indústria se instalasse e começasse a operar este ano, gerando empregos e renda. Nós temos a segunda menor taxa de desemprego do país, sendo um reflexo de tantas oportunidades que apresentamos e construímos no Estado”, afirma o secretário.

O secretário ainda destaca que Mato Grosso detém o maior rebanho bovino e o maior produtor de grãos. “Desta forma, a Sedec tem atuado para estimular a industrialização no Estado, para que as commodities tenham seus produtos transformados no Estado”, diz.

O último dado divulgado pela Pesquisa Industrial Mensal (PIM) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostrou Mato Grosso entre os cinco estados do país com maior avanço na produção industrial, com 0,8% de crescimento.

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