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ACITS aponta incremento de 5% nas vendas do Natal 2019, mas indica preocupação com 2020

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As vendas do período natalino de 2019 foram 5% maiores que o mesmo período de 2018. É o que informa a Associação Comercial e Empresarial de Tangará da Serra (ACITS), após realização de pesquisa com os associados da entidade.

Segundo o presidente da ACITS, Junior Rocha, os setores do varejo que se destacaram na principal data comercial do ano foram os de acessórios para telefonia, eletrodomésticos e vestuário.

O percentual de incremento nas vendas revelado pela ACITS acompanha o otimismo da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), que previu, no início de dezembro, uma movimentação de R$ 769 milhões no comércio em Mato Grosso. A projeção positiva foi de 3,1% ante o ano anterior. Ou seja, Mato Grosso certamente alcançará o terceiro ano consecutivo de resultado positivo.

Dúvidas em 2020

Indagado a respeito das expectativas para 2020, Junior Rocha respondeu sem rodeios: “Não será um ano fácil”.

De acordo com o presidente da ACITS, o diferencial para este ano reside na questão tributária. “Já iniciamos com uma alteração extremamente impactante na legislação tributária estadual e isso vai gerar um impacto negativo na vida do empresário e principalmente dos consumidores”, disse, referindo-se à lei complementar 631/2019, com a qual o governo estadual ampliou o impacto dos impostos sobre o setor ao revogar incentivos fiscais que considerou concedidos irregularmente na gestão do ex-governador Silval Barbosa, entre 2010 e 2014.

Junior: “Já iniciamos o ano com uma alteração extremamente impactante na legislação tributária estadual”.

Outro fator que influenciará 2020 é o período de recuperação pela qual passa a economia. “Isso leva os consumidores à cautela no orçamento familiar, priorizando gastos com produtos de primeira necessidade, como alimentação, habitação e saúde”, observou Junior Rocha, em entrevista exclusiva ao Enfoque Business.

Eventos

O calendário da ACITS para 2020 mantém eventos já tradicionais, o Destaque Empresarial, em maio; a Feira Ponta de Estoque, em julho e a Campanha de Natal, lançada em outubro. Em agosto, a Feira da Industria terá sua segunda edição. “Temos outros projetos que estão previstos, além das palestras, reuniões e todos os debates que a ACITS oferece no decorrer do ano e, também, os serviços que estão disponíveis aos associados”, completou o presidente da ACITS.

Promoções e liquidações

Junior Rocha salienta que o comércio local conta com períodos de promoções e liquidações e lembra que os consumidores locais já conhecem e aproveitam muito bem essas datas. “Mas é preciso ter muito cuidado com o excesso de promoções e liquidações, para que isso não acabe se tornando um ciclo econômico insustentável para o comércio”, concluiu o empresário.

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Colheita estrangulada e logística insuficiente encarecem frete em até 73,9% no MT

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Mato Grosso deve colher 47 milhões de toneladas de soja na safra atual. Em meio a esse volume de grãos, o atraso na colheita em razão das chuvas reflete diretamente no fluxo do escoamento.

A colheita está acelerada, aproveitando as janelas de sol para o trabalho das máquinas nas lavouras. Aí é que vem o problema, na medida em que o estrangulamento da colheita encarece o frete em até 70% em algumas rotas a partir de Mato Grosso e esse ritmo de alta deve seguir nesse mês de fevereiro, segundo especialistas do setor.

Mato Grosso ainda depende muito do modal rodoviário e há poucas opções de ferrovias e praticamente nada de hidrovias. Para agravar o cenário, não há caminhões suficientes para atender a demanda, o que catapulta o preço do frete. Por exemplo, na rota Sorriso-Santos o preço do frete por tonelada subiu de R$ 330,00 para R$ 340,00 em janeiro e, agora, em fevereiro, se aproxima de R$ 500,00. Especialistas preveem que para essa rota o prelo do frete/tonelada chegue a R$ 600,00 ainda nesse mês.

Colheita apertada integra cenário de alta nos preços do frete em Mato Grosso.

Para transportar a soja de Sorriso a Rondonópolis, em 15 dias o frete subiu de R$ 118/tonelada para R$ 205/tonelada. Ou seja, um aumento de 73,7%. Outra opção para descarregamento da soja em trens, na rota Querência-Rio Verde(GO), o frete teve alta semelhante, de 73,9%, saltando de R$ 138/tonelada para R$ 240/tonelada.

Outro gargalo é a insuficiência do sistema de armazenagem, cuja capacidade é de 65% da safra, incluindo as próprias fazendas, as cerealistas, empresas e tradings. O governo, por sua vez, não contribui para uma solução, ainda que disponibilize linhas de crédito para a estocagem nas propriedades através do Plano de Construção de Armazéns (PCA).

Mesmo com disponibilização de R$ 3,3 bilhões pelo PCA a juros anuais de 7% e R$ 4,5 bilhões para armazéns maiores com juros de 8,5% ao ano, o prazo de apenas 10 anos para pagamento são muito curtos para o tamanho dos investimentos.

Por fim, o diesel subiu R$ 0,22/litro nas refinarias. Vale lembrar que o combustível responde por 50% do custo do frete.

As altas verificadas no frete recaem, também, no preço dos fertilizantes.

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