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Guarnieri quer revisão periódica em contrato da Energisa e reitera cobrança por melhorias

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Deputado estadual defende revisão do contrato a cada 5 anos e destaca prejuízos causados aos municípios pela má qualidade do serviço

O deputado estadual Chico Guarnieri (PRD) propôs uma revisão a cada cinco anos do contrato de concessão da energia elétrica em Mato Grosso. A sugestão foi apresentada durante a audiência pública realizada em Cuiabá, que debateu a renovação do contrato da concessionária, válido até dezembro de 2027.

“Esse contrato, que foi firmado há tantos anos, não corresponde à realidade mato-grossense. Eu gostaria de propor ao diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Fernando Mosna, que é também o relator do processo de renovação da concessão da Energisa em Mato Grosso, para que pudéssemos colocar uma revisão contratual da concessão a cinco anos. Mas não apenas para o nosso estado e, sim, para todos os contratos da empresa no país”, disse Chico Guarnieri, na reunião pública dessa quinta-feira (23.10).

A proposta do deputado estadual, é buscar uma medida de atender as demandas da população, acompanhando a execução contratual para evitar problemas como os enfrentados atualmente. A situação está tão preocupante que há casos em que é necessário recorrer à Justiça, como citou o parlamentar, sobre a questão de Campinápolis, onde o Ministério Público do Estado de Mato Grosso (MPE) ingressou com uma ação civil pública com pedido de tutela de urgência contra a Energisa Mato Grosso em razão de reiteradas falhas na prestação do serviço de fornecimento de energia elétrica no município.

“Muitas reclamações estão na ação do MP. E temos recebido muitas outras, como a de João Rogério, prefeito de Nova Bandeirantes (Republicanos), que pontuou que um dos grandes problemas em seu município é a falta de estruturação das redes, a energia não tem qualidade, na cidade tem quedas constantes e a população padece com o prejuízo; há locais no município que já chegaram a ficar cinco dias sem energia”, contou o deputado Chico Guarnieri.

Guarnieri e a má qualidade da energia em Mato Grosso: “Muitas reclamações estão na ação do MP. E temos recebido muitas outras”.

O parlamentar integra a Comissão Especial da Assembleia Legislativa responsável por acompanhar o processo de possível renovação e solicitou as outras duas audiências públicas realizadas neste mês, em Tangará da Serra e Rondonópolis. Nos encontros foram inúmeras as reclamações apresentadas pelos consumidores.

“Ausência de manutenção na rede na zona rural, falta de energia nas cidades, oscilações nas redes, dificuldade de contato com os atendentes, contas caras. As queixas são as mais variadas. Comerciantes e produtores rurais reclamam da dificuldade em expandir a produção por não ter segurança no fornecimento de energia elétrica. Em casa, aqueles que têm crianças e idosos que precisam de cuidados especiais com a saúde, vivem na insegurança de ter a energia interrompida a qualquer momento. Em cidades do interior, como Porto Estrela, existe também a dificuldade de comunicação, pois a torre telefônica não funciona sem energia”, comentou.

O diretor da Aneel, Fernando Mosna, afirmou que a agência está atenta às demandas dos consumidores e que o debate sobre a renovação do contrato da Energisa faz parte de um processo nacional que envolve 19 concessionárias de energia. Segundo ele, a Aneel analisa e recomenda sobre as renovações, mas a decisão final cabe ao Ministério de Minas e Energia.

Mosna explicou que, conforme o Decreto 12.068/2024, a agência deve avaliar se as concessionárias estão cumprindo corretamente seus serviços antes de sugerir a prorrogação dos contratos.

O presidente da Energisa Mato Grosso, Marcelo Vinhaes Monteiro, destacou os investimentos e melhorias realizados nos últimos 11 anos, como a redução de 50% no tempo médio sem energia e de 73% nas interrupções anuais. Ele ressaltou que a empresa subiu do 21º para o 10º lugar no ranking de qualidade da Aneel.

A audiência pública, realizada nesta quinta-feira (23), foi a terceira promovida pela Comissão Especial da Assembleia Legislativa, presidida por Max Russi, e resultará em um relatório a ser encaminhado à Aneel.

(Texto: Assessoria; Fotos: Gilberto Leite / ALMT)

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Quatro décadas que narram a virada da soja com o plantio direto em Mato Grosso

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Num ambiente em que a produção agrícola ocorre em larga escala – como em Mato Grosso – o conhecimento técnico e a especialização são fatores essenciais. E, neste ambiente de cerrado e transição para a Amazônia, o agrônomo é um dos atores da saga que representou abrir esse ‘mundão’ na década de 1980.

Naqueles tempos, poucos vislumbraram o atual cenário de produção em escala e ótima rentabilidade ao observar uma terra que pouco se traduzia em produtividade. Para tornar o quadro ainda mais desanimador, a tecnologia era limitada e os custos eram altos. Na soja, as variedades eram poucas, rendendo 30 sacas/hectare, em média.

Mas as coisas mudaram. E o agrônomo Carlos Alberto Pasquini (foto do topo) foi um dos que viram esse filme.

Carlos Alberto Pasquini, por seu pioneirismo, está inserido no histórico do engenheiro agrônomo no contexto de Mato Grosso.

Pasquini saiu de Rolândia, no Paraná, para estudar Agronomia na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), em Cuiabá. Colou grau em 1985 e veio para Tangará da Serra, em setembro daquele ano, para atuar na empresa Calcário Tangará, na assistência técnica.

Era um tempo difícil. A terra ainda era ‘chucra’. Estradas, como a MT-480, eram apenas projetos. A Nova Fronteira ainda estava sendo aberta. Campo Novo do Parecis e Sapezal não existiam. O único telefone disponível ficava em Tangará da Serra.

Faltava tecnologia, a logística era péssima e tudo era mais caro. “O nematoide de cisto condenou muitas fazendas e muitos produtores foram embora”, recorda.

Mas, quem perseverou, foi recompensado. O plantio direto veio para virar a chave e viabilizar a soja no cerrado. Pasquini promoveu, em 1991, o primeiro Dia de Campo do Plantio Direto, na Fazenda Guapirama, em Deciolândia.

Pois, o Dia de Campo na Guapirama foi o “start” para uma nova realidade produtiva na região. As lavouras assimilaram uma convivência com o nematoide do cisto e, posteriormente, vieram as variedades resistentes e tolerantes. Neste quesito, a Fundação MT foi essencial, com as variedades Pintado e Tucunaré. Na prática, os produtores que apostavam na região encontravam um caminho para superar o desafio que era plantar soja no cerrado.

Hoje, 40 anos depois, a situação é bem diversa. A logística melhorou muito e as estradas asfaltadas encurtam distâncias. A pesquisa traz variedades resistentes, os maquinários são dotados de tecnologia de ponta e a internet facilita a assistência técnica e a comunicação.

Carlos Alberto Pasquini, por seu pioneirismo, está inserido no histórico do engenheiro agrônomo no contexto de Mato Grosso. Afinal, foi por meio dos agrônomos que o estado teve aporte de tecnologia, conhecimento e informação para o processo produtivo.

O esteio do agro

Neste dia 12 de outubro comemora-se o Dia do Engenheiro Agrônomo. Nesta data, o agro presta sua homenagem a estes profissionais, que plantam soluções para colher desenvolvimento e um futuro mais sustentável.

Os engenheiros agrônomos são fundamentais para levar a inovação ao campo. Eles participam da pesquisa e do desenvolvimento de novas tecnologias agrícolas, testando e validando práticas que aumentam a produtividade e reduzem impactos ambientais.

Pasquini relembra, com seus registros antigos, o primeiro Dia de Campo do Plantio Direto, em 1991: “Plantio direto veio para virar a chave e viabilizar a soja no cerrado”.

Além disso, atuam na difusão dessas tecnologias junto aos produtores, orientando o uso correto de insumos, sementes e equipamentos. Assim, conectam a ciência à prática agrícola, promovendo eficiência, sustentabilidade e competitividade no agronegócio.

“Posso afirmar com a convicção de quem está presente há 40 anos em Mato Grosso e há quase um quarto de século como empreendedor no estado: O engenheiro agrônomo é o esteio do agro”, diz Carlos Alberto Pasquini, que em 1985, justamente no dia 12 de outubro daquele ano, foi co-fundador da Associação dos Engenheiros Agrônomos de Tangará da Serra (AEATS).

Nestas idas e vindas pelas lavouras de Mato Grosso, Pasquini fundou, em 2001, a Rural Soluções. Para viabilizar a empresa, convidou alguns colegas como sócios.

A empresa conta com um portfólio completo para a lavoura, com fornecimento de sementes certificadas, proteção de cultivos, nutrição de plantas e suporte técnico. São 10 engenheiros agrônomos atuando pela Rural Soluções, além dos colaboradores nas áreas administrativa, comercial e de logística.

Além de Tangará da Serra, a Rural Soluções mantém estruturas em Campo Novo do Parecis e Sapezal. A matriz, em Tangará da Serra, tem como endereço a Av. Ismael José do Nascimento, 2256 W, Jd. Tangará II, MT, 78304-110.

Sede da Rural Soluções, na Avenida Ismael José do Nascimento, em Tangará da Serra.

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