Num ambiente em que a produção agrícola ocorre em larga escala – como em Mato Grosso – o conhecimento técnico e a especialização são fatores essenciais. E, neste ambiente de cerrado e transição para a Amazônia, o agrônomo é um dos atores da saga que representou abrir esse ‘mundão’ na década de 1980.
Naqueles tempos, poucos vislumbraram o atual cenário de produção em escala e ótima rentabilidade ao observar uma terra que pouco se traduzia em produtividade. Para tornar o quadro ainda mais desanimador, a tecnologia era limitada e os custos eram altos. Na soja, as variedades eram poucas, rendendo 30 sacas/hectare, em média.
Mas as coisas mudaram. E o agrônomo Carlos Alberto Pasquini (foto do topo) foi um dos que viram esse filme.

Carlos Alberto Pasquini, por seu pioneirismo, está inserido no histórico do engenheiro agrônomo no contexto de Mato Grosso.
Pasquini saiu de Rolândia, no Paraná, para estudar Agronomia na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), em Cuiabá. Colou grau em 1985 e veio para Tangará da Serra, em setembro daquele ano, para atuar na empresa Calcário Tangará, na assistência técnica.
Era um tempo difícil. A terra ainda era ‘chucra’. Estradas, como a MT-480, eram apenas projetos. A Nova Fronteira ainda estava sendo aberta. Campo Novo do Parecis e Sapezal não existiam. O único telefone disponível ficava em Tangará da Serra.
Faltava tecnologia, a logística era péssima e tudo era mais caro. “O nematoide de cisto condenou muitas fazendas e muitos produtores foram embora”, recorda.
Mas, quem perseverou, foi recompensado. O plantio direto veio para virar a chave e viabilizar a soja no cerrado. Pasquini promoveu, em 1991, o primeiro Dia de Campo do Plantio Direto, na Fazenda Guapirama, em Deciolândia.
Pois, o Dia de Campo na Guapirama foi o “start” para uma nova realidade produtiva na região. As lavouras assimilaram uma convivência com o nematoide do cisto e, posteriormente, vieram as variedades resistentes e tolerantes. Neste quesito, a Fundação MT foi essencial, com as variedades Pintado e Tucunaré. Na prática, os produtores que apostavam na região encontravam um caminho para superar o desafio que era plantar soja no cerrado.
Hoje, 40 anos depois, a situação é bem diversa. A logística melhorou muito e as estradas asfaltadas encurtam distâncias. A pesquisa traz variedades resistentes, os maquinários são dotados de tecnologia de ponta e a internet facilita a assistência técnica e a comunicação.
Carlos Alberto Pasquini, por seu pioneirismo, está inserido no histórico do engenheiro agrônomo no contexto de Mato Grosso. Afinal, foi por meio dos agrônomos que o estado teve aporte de tecnologia, conhecimento e informação para o processo produtivo.
O esteio do agro
Neste dia 12 de outubro comemora-se o Dia do Engenheiro Agrônomo. Nesta data, o agro presta sua homenagem a estes profissionais, que plantam soluções para colher desenvolvimento e um futuro mais sustentável.
Os engenheiros agrônomos são fundamentais para levar a inovação ao campo. Eles participam da pesquisa e do desenvolvimento de novas tecnologias agrícolas, testando e validando práticas que aumentam a produtividade e reduzem impactos ambientais.

Pasquini relembra, com seus registros antigos, o primeiro Dia de Campo do Plantio Direto, em 1991: “Plantio direto veio para virar a chave e viabilizar a soja no cerrado”.
Além disso, atuam na difusão dessas tecnologias junto aos produtores, orientando o uso correto de insumos, sementes e equipamentos. Assim, conectam a ciência à prática agrícola, promovendo eficiência, sustentabilidade e competitividade no agronegócio.
“Posso afirmar com a convicção de quem está presente há 40 anos em Mato Grosso e há quase um quarto de século como empreendedor no estado: O engenheiro agrônomo é o esteio do agro”, diz Carlos Alberto Pasquini, que em 1985, justamente no dia 12 de outubro daquele ano, foi co-fundador da Associação dos Engenheiros Agrônomos de Tangará da Serra (AEATS).
Nestas idas e vindas pelas lavouras de Mato Grosso, Pasquini fundou, em 2001, a Rural Soluções. Para viabilizar a empresa, convidou alguns colegas como sócios.
A empresa conta com um portfólio completo para a lavoura, com fornecimento de sementes certificadas, proteção de cultivos, nutrição de plantas e suporte técnico. São 10 engenheiros agrônomos atuando pela Rural Soluções, além dos colaboradores nas áreas administrativa, comercial e de logística.
Além de Tangará da Serra, a Rural Soluções mantém estruturas em Campo Novo do Parecis e Sapezal. A matriz, em Tangará da Serra, tem como endereço a Av. Ismael José do Nascimento, 2256 W, Jd. Tangará II, MT, 78304-110.

Sede da Rural Soluções, na Avenida Ismael José do Nascimento, em Tangará da Serra.