Uma comitiva de representantes de governo, empresários e investidores da China chegará a Mato Grosso na próxima semana (terça, 19) para percorrer os municípios de Cáceres, Várzea Grande, Nova Marilândia, Nova Mutum e Lucas do Rio Verde, além de uma recepção na capital, Cuiabá. A presença dos representantes do gigante asiático ocorrerá de 19 a 22/03.
O ponto alto da visita será em Cáceres, na Zona de Processamento de Exportação (ZPE), na terça-feira, dia 19. A comitiva chega no aeroporto Marechal Rondon, em Várzea Grande, por volta das 08h00, sendo recepcionados por representantes do governo de Mato Grosso, e seguem direto para Cáceres. Após o almoço, visitam a ZPE e participam de reunião com membros do governo estadual e o presidente da Administradora da ZPE (AZPEC), Adílson Domingos dos Reis.
Adílson Reis (dir) e representantes do governo estadual recepcionarão a comitiva chinesa na ZPE.
Os chineses demonstraram interesse no complexo após viagem em missão à China do presidente da Associação Brasileira de ZPEs (ABRAZPE), Helson Braga, ano passado, e, também, depois de recente apresentação, em 20 de fevereiro desse ano, pelo presidente da AZPEC, Adilson Reis, em São Paulo.
Os chineses avaliam a possibilidade de investir na ZPE de Cáceres. Para isso, participarão da visita ao complexo representantes de empresas chinesas de consultoria, logística, importação e exportação e cadeias de suprimentos (supply chain).
Agenda
Depois de Cáceres, a comitiva chinesa segue para Várzea Grande onde, no dia 20, conhecerá as instalações do Frigorífico Pantaneira. À tarde do mesmo dia, os visitantes seguem para Nova Marilândia para serem recepcionados no frigorífico União Avícola.
Dia 21, quinta-feira, no Palácio Paiaguás, os chineses participam da assinatura do Ato Declaratório Executivo, que oficializa o alfandegamento da ZPE de Cáceres. Em seguida, seguem para Nova Mutum, onde conhecerão o Frigorífico Excelência.
No dia seguinte – sexta, 22 – a comitiva chinesa estará em Lucas do Rio Verde para participar do Show Safra, foco técnico e comercial para temas relacionados ao agronegócio, incluindo discussões de assuntos socioeconômicos pertinentes à atividade agropecuária.
Ainda na tarde de sexta (22), a comitiva asiática retorna a Cuiabá, onde embarcam de volta, já à noite, para a China.
Uma série de informações falsas dando conta de rompimento de barragens maiores localizadas na região de Tangará da Serra vem causando confusão e desinformação junto à opinião pública regional.
Alertas falsos de que uma grande barragem no rio Juba, em Tangará da Serra, teria rompido e que ás águas chegariam até cidades como Barra do Bugres e Cáceres causaram certa preocupação em moradores da região e até de autoridades.
Na verdade, os riscos de rompimento ocorreram em um único barramento, no município de Nova Olímpia, na área privada de um empreendimento de bioenergia. O problema, porém, foi contornado pela própria empresa, com os trabalhos recebendo acompanhamento da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros.
Único barramento com riscos na região é em Nova Olímpia e está sob monitoramento.
Na manhã desta quarta (15), a redação entrou em contato com o Corpo de Bombeiros, que negou qualquer risco de rompimento em barragens localizadas no rio Juba, contrariando as “fake news” divulgadas irresponsavelmente por internautas mal intencionados.
“Uma barragem próximo de Nova Olímpia/Denise apresenta certo grau de risco e nossas equipes estão fazendo o monitoramento”, confirmou o militar, referindo-se ao barramento São Lourenço, em Nova Olímpia.
Sargento Eliezer, da 3ª Companhia Independente de Bombeiros Militar de Tangará da Serra, desmentiu as informações de riscos ou rompimento de barragens no rio Juba. “Essas outras situações de fake News de que alguma barragem do Juba oferece risco, não é verdade, e a própria empresa faz o monitoramento e se houvesse qualquer tipo de risco nós já teríamos sido avisados”, afirmou.
(*) Ouça, na sequência, áudio com declaração do Sargento Eliezer, do Corpo de Bombeiros:
Irresponsabilidade
A popularização e acesso facilitado aos meios de comunicação, em especial às redes sociais, fez o conceito de fake news ganhar forma.
Empregado às notícias fraudulentas que circulam nas mídias sociais e na Internet, o conceito é aplicado principalmente aos portais de comunicação online, como redes sociais (como o WhatsApp), sites e blogs, que são plataformas de fácil acesso e, portanto, mais propícias à propagação de notícias falsas, visto que qualquer cidadão tem autonomia para publicar.
Os efeitos são nefastos. Atrapalham o trabalho das autoridades, podem comprometer imagens de empresas e instituições, além de causar pânico, revolta e situações de desespero coletivo, podendo representar condições de difícil controle pelo poder público.
No caso das falsos alarmes de rompimento de barragem no rio Juba, houve informações de grande preocupação na região do Assentamento Antônio Conselheiro e outras comunidades à jusante da barragem mencionada. Uma das mensagens fraudulentas sugeria que quem tivesse parentes na região de Cáceres, que já os avisasse da ocorrência que, na realidade, inexiste.
Punição
Quem espalhar fake news e for identificado pode responder criminalmente. As tipificações variam entre crimes contra a honra, difamação, calúnia e outros delitos, a depender do contexto da desinformação disseminada.
Vale lembrar que qualquer cidadão pode denunciar fake news e seus autores junto às polícias Civil e Militar.