No espaço de uma semana, três homicídios foram registrados em Tangará da Serra. Na noite do último sábado (22), o proprietário de uma boate localizada na rua José Cândido Melhorança (24), esquina com a rua Neftes de Carvalho (19) foi morto a tiros dentro de seu estabelecimento.
Carlos Alberto Ramos, conhecido como Carlinhos, foi alvejado por dois homens que chegaram no estabelecimento e efetuaram cerca de quatro disparos contra a vítima. Dois tiros atingiram Carlinhos. A vítima foi socorrida com vida e encaminhada a Unidade de Pronto Atendimento para cuidados médicos, contudo, morreu durante a madrugada.
O crime pode ter sido por vingança, motivado por uma briga ocorrida no final de semana anterior, envolvendo um cliente. A Polícia Judiciária Civil investiga o crime e busca os executores.
Assassinado no trabalho
No final da tarde da última quinta-feira (20), Flávio Moreira Gomes, de 53 anos, foi morto ao ser abordado por dois homens que tripulavam uma moto. O homicídio ocorreu no bairro Parque da Mata, em Tangará da Serra, em frente a uma obra onde a vítima trabalhava, na construção de uma casa.
Dois homens chegaram ao local em uma motocicleta e, após um rápido diálogo, um dos homens sacou uma arma e disparou contra a cabeça de Flávio, que morreu no local, caindo ao lado de uma betoneira usada em seu trabalho como pedreiro. O celular da vítima foi levado pelos criminosos. A Polícia Civil investiga o caso e busca identificar os executores do homicídio.
Homicida preso
O autor de um homicídio ocorrido no último dia 17 foi preso pela Polícia Judiciária Civil na última sexta-feira (21). A prisão se deu durante operação conjunta entre a 1ª Delegacia de Tangará da Serra, Delegacia de Homicídios e Proteção da Pessoa de Cuiabá, Delegacia de Repressão a Crimes Informáticos e Diretoria de Inteligência.
O homem preso confessou o crime. Ele matou um idoso – José Aparecido Leal, de 62 anos – com quem mantinha relacionamento homoafetivo. Vítima e executo residiam no mesmo endereço onde houve o crime. A motivação foi passional e o executor chegou a mandar fotos e vídeos da vítima, já morta, para a filha da vítima, além de deixar uma carta no local do crime confessando o homicídio.
Uma série de informações falsas dando conta de rompimento de barragens maiores localizadas na região de Tangará da Serra vem causando confusão e desinformação junto à opinião pública regional.
Alertas falsos de que uma grande barragem no rio Juba, em Tangará da Serra, teria rompido e que ás águas chegariam até cidades como Barra do Bugres e Cáceres causaram certa preocupação em moradores da região e até de autoridades.
Na verdade, os riscos de rompimento ocorreram em um único barramento, no município de Nova Olímpia, na área privada de um empreendimento de bioenergia. O problema, porém, foi contornado pela própria empresa, com os trabalhos recebendo acompanhamento da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros.
Único barramento com riscos na região é em Nova Olímpia e está sob monitoramento.
Na manhã desta quarta (15), a redação entrou em contato com o Corpo de Bombeiros, que negou qualquer risco de rompimento em barragens localizadas no rio Juba, contrariando as “fake news” divulgadas irresponsavelmente por internautas mal intencionados.
“Uma barragem próximo de Nova Olímpia/Denise apresenta certo grau de risco e nossas equipes estão fazendo o monitoramento”, confirmou o militar, referindo-se ao barramento São Lourenço, em Nova Olímpia.
Sargento Eliezer, da 3ª Companhia Independente de Bombeiros Militar de Tangará da Serra, desmentiu as informações de riscos ou rompimento de barragens no rio Juba. “Essas outras situações de fake News de que alguma barragem do Juba oferece risco, não é verdade, e a própria empresa faz o monitoramento e se houvesse qualquer tipo de risco nós já teríamos sido avisados”, afirmou.
(*) Ouça, na sequência, áudio com declaração do Sargento Eliezer, do Corpo de Bombeiros:
Irresponsabilidade
A popularização e acesso facilitado aos meios de comunicação, em especial às redes sociais, fez o conceito de fake news ganhar forma.
Empregado às notícias fraudulentas que circulam nas mídias sociais e na Internet, o conceito é aplicado principalmente aos portais de comunicação online, como redes sociais (como o WhatsApp), sites e blogs, que são plataformas de fácil acesso e, portanto, mais propícias à propagação de notícias falsas, visto que qualquer cidadão tem autonomia para publicar.
Os efeitos são nefastos. Atrapalham o trabalho das autoridades, podem comprometer imagens de empresas e instituições, além de causar pânico, revolta e situações de desespero coletivo, podendo representar condições de difícil controle pelo poder público.
No caso das falsos alarmes de rompimento de barragem no rio Juba, houve informações de grande preocupação na região do Assentamento Antônio Conselheiro e outras comunidades à jusante da barragem mencionada. Uma das mensagens fraudulentas sugeria que quem tivesse parentes na região de Cáceres, que já os avisasse da ocorrência que, na realidade, inexiste.
Punição
Quem espalhar fake news e for identificado pode responder criminalmente. As tipificações variam entre crimes contra a honra, difamação, calúnia e outros delitos, a depender do contexto da desinformação disseminada.
Vale lembrar que qualquer cidadão pode denunciar fake news e seus autores junto às polícias Civil e Militar.