A prefeitura de Tangará da Serra entregou na manhã do último domingo (02.06) os sistemas de proteção contra descargas atmosféricas (SPDA) e de prevenção contra incêndio e pânico da estrutura física da Feira do Produtor do Centro.
A entrega dos dois sistemas foi realizada durante reunião entre o prefeito Vander Masson (União), o secretário municipal de Agricultura Pecuária e Abastecimento (Seapa), Rogério Rio, e o presidente da Associação dos Feirantes, Valdeci Ferraz Aquino. O vereador Nivaldo Leiteiro (Podemos) representou a Câmara Municipal.
Os investimentos representaram um montante de R$ 550 mil, sendo R$ 300 mil oriundos de emenda parlamentar da ex-deputada Rosa Neide (PT) e R$ 250 mil de contrapartida do município.
Entrega dos sistemas aconteceu na manhã do último domingo (02.06).
O SPDA consiste em 400 metros de cabos entre a cobertura e o aterramento, permitindo a condução das descargas elétricas ao solo, onde estas se dissipam sem causar danos ou riscos à vida. O sistema não impede que raios atinjam o local, mas protegerá o ambiente de danos causados por essas descargas elétricas.
Já o sistema de prevenção e combate a incêndio e pânico contém dispositivos de detecção de fumaça, calor ou chamas que alertam sobre a ocorrência de um incêndio. Na Feira do Centro, é dotado de luzes orientativas junto aos pilares da estrutura física, extintores e hidrantes, além de um reservatório de 30 mil litros de água instalado na esquina das ruas Antônio Hortolani e Celso Rosa de Lima (26).
Além desses sistemas, a Feira do produtor ganhou melhorias em seu entorno, com acessibilidade (rampas e piso tátil) adequação e sinalização dos estacionamentos e faixas de pedestres.
“Com estas melhorias, a Feira do Centro já pode encaminhar o pedido de alvará dos Bombeiros, cumprindo uma exigência legal”, disse o prefeito Vander Masson. Já o titular da Seapa, Rogério Rio, destacou que o Alvará de Segurança Contra Incêndio e Pânico (ASCIP) será emitido após a vistoria do Corpo de Bombeiros, conforme norma técnica da corporação, certificando que a edificação possui as condições de segurança contra sinistros.
O presidente da Asfet e gestor da Feira do Centro, Valdeci Ferraz Aquino, enalteceu a entrega dos dois sistemas que habilitam o complexo ao alvará. “Estamos dando um passo importante, já que esses sistemas e documentações permitirão a assinatura de convênios com as esferas de governo estadual e federal, viabilizando recursos para a completa modernização da nossa Feira do Produtor. Já temos o projeto da ala administrativa e vamos em busca da reforma do piso e, também, projetar a modernização e padronização dos boxes”, disse Valdeci.
Além dessas obras e melhoramentos, a Feira do Produtor do Centro já conta com regularização documental do imóvel, conduzida pela administração municipal ainda no ano passado.
Uma série de informações falsas dando conta de rompimento de barragens maiores localizadas na região de Tangará da Serra vem causando confusão e desinformação junto à opinião pública regional.
Alertas falsos de que uma grande barragem no rio Juba, em Tangará da Serra, teria rompido e que ás águas chegariam até cidades como Barra do Bugres e Cáceres causaram certa preocupação em moradores da região e até de autoridades.
Na verdade, os riscos de rompimento ocorreram em um único barramento, no município de Nova Olímpia, na área privada de um empreendimento de bioenergia. O problema, porém, foi contornado pela própria empresa, com os trabalhos recebendo acompanhamento da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros.
Único barramento com riscos na região é em Nova Olímpia e está sob monitoramento.
Na manhã desta quarta (15), a redação entrou em contato com o Corpo de Bombeiros, que negou qualquer risco de rompimento em barragens localizadas no rio Juba, contrariando as “fake news” divulgadas irresponsavelmente por internautas mal intencionados.
“Uma barragem próximo de Nova Olímpia/Denise apresenta certo grau de risco e nossas equipes estão fazendo o monitoramento”, confirmou o militar, referindo-se ao barramento São Lourenço, em Nova Olímpia.
Sargento Eliezer, da 3ª Companhia Independente de Bombeiros Militar de Tangará da Serra, desmentiu as informações de riscos ou rompimento de barragens no rio Juba. “Essas outras situações de fake News de que alguma barragem do Juba oferece risco, não é verdade, e a própria empresa faz o monitoramento e se houvesse qualquer tipo de risco nós já teríamos sido avisados”, afirmou.
(*) Ouça, na sequência, áudio com declaração do Sargento Eliezer, do Corpo de Bombeiros:
Irresponsabilidade
A popularização e acesso facilitado aos meios de comunicação, em especial às redes sociais, fez o conceito de fake news ganhar forma.
Empregado às notícias fraudulentas que circulam nas mídias sociais e na Internet, o conceito é aplicado principalmente aos portais de comunicação online, como redes sociais (como o WhatsApp), sites e blogs, que são plataformas de fácil acesso e, portanto, mais propícias à propagação de notícias falsas, visto que qualquer cidadão tem autonomia para publicar.
Os efeitos são nefastos. Atrapalham o trabalho das autoridades, podem comprometer imagens de empresas e instituições, além de causar pânico, revolta e situações de desespero coletivo, podendo representar condições de difícil controle pelo poder público.
No caso das falsos alarmes de rompimento de barragem no rio Juba, houve informações de grande preocupação na região do Assentamento Antônio Conselheiro e outras comunidades à jusante da barragem mencionada. Uma das mensagens fraudulentas sugeria que quem tivesse parentes na região de Cáceres, que já os avisasse da ocorrência que, na realidade, inexiste.
Punição
Quem espalhar fake news e for identificado pode responder criminalmente. As tipificações variam entre crimes contra a honra, difamação, calúnia e outros delitos, a depender do contexto da desinformação disseminada.
Vale lembrar que qualquer cidadão pode denunciar fake news e seus autores junto às polícias Civil e Militar.