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Agronegócio & Produção

Soja: Chuvas persistentes impactam início da colheita e doenças já são detectadas

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Já começou a colheita da safra 2024/25 de soja em Mato Grosso e nos outros dois estados do Centro-Oeste.  Considerando a colheita também já iniciada no Paraná e em áreas irrigadas da Bahia e de Minas Gerais, especialistas do setor indicam que 0,3% da área estimada para o Brasil estava colhida até quinta-feira da semana passada (09.01), contra 2,3% na mesma época de um ano atrás.

No caso da região do Parecis, em Mato Grosso, há uma parcela de 3% a 5% da soja em maturação já em fase de colheita, mas a previsão de ocorrência de chuvas até o próximo dia 25 preocupa. Já há registros de perdas, com vagens apresentando danos em razão do excesso de umidade (veja imagem a seguir).

Imagens atuais de soja de lavouras da região do Parecis (Rural Soluções).

Segundo o agrônomo Carlos Alberto Pasquini, da Rural Soluções, apesar de persistir o otimismo em relação à safra na região e no estado a umidade dificulta a entrada das máquinas na lavoura e a baixa luminosidade compromete a produtividade. “Estamos num momento delicado, com mais uns 10 dias de instabilidade pela frente, num evento crítico de chuvas acima da média”, aponta, advertindo que, além do quadro propício para doenças, já há presença de percevejos em algumas áreas e o clima tem impedido o controle.

Pasquini, cuja empresa é sediada em Tangará da Serra, previu esses quadros de clima e soja em outra matéria publicada pelo Enfoque Business, em outubro passado. Veja o link a seguir:

Soja: Chuvas concentradas podem criar condições para doenças por fungos e bactérias

O agrônomo, diretor da Rural Soluções, avalia que quem fez um manejo melhor nesta safra terá menos perdas, enquanto quem optou pelo manejo tradicional e tenta remediar agora terá problema maiores. Ou seja, com as condições climáticas do momento não há como fazer aplicações, nem com máquina, no solo, nem aérea. “As doenças aparecem mais onde houve atrasos nas aplicações… então, quem não cuidou corretamente da lavoura vai ter problemas”, diz o especialista, que verificou falta de nutrientes ao realizar análises foliares e de seiva em algumas lavouras da região do Parecis. “Nesses casos, a reposição deveria ter sido feita, mas não foi, e o impacto negativo será sentido agora”, acrescenta.

Pasquini: “Estamos num momento delicado, com mais uns 10 dias de instabilidade pela frente (…)”.

Ainda segundo Pasquini, a safra de algodão, por sua vez, já está em atraso devido às más condições de solo para plantio, bem como da segunda safra que, devido ao atraso nas colheitas de soja precoce, sofrem da mesma condição. “Em tempo saberemos o que esse atraso no plantio do algodão representará na produtividade”.

Já para a safra do milho, Pasquini entende que ainda está tudo dentro da normalidade, na faixa ideal de plantio, que vai até dia 20/02 para toda a região do Parecis.

Outras regiões

No Sul do país e no sul de Mato Grosso do Sul, em contrapartida, o problema é a falta de chuvas regulares e o calor, que têm pressionado as lavouras em algumas áreas, especialmente naquelas em que a soja está enchendo grãos.

A produção brasileira de soja na safra 2024/25 é estimada em mais de 170 milhões de toneladas, mas a estimativa está em revisão e um novo número será divulgado ainda nesse mês de janeiro.

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Agronegócio & Produção

Implantação da cultura do Cacau em Tangará da Serra será tema de evento no Sindicato Rural

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O município de Tangará da Serra poderá ganhar uma nova cultura agrícola. A produção de cacau, que pode representar uma importante alternativa de renda para a agricultura familiar, será tema de evento realizado pelo Sindicato Rural, no Parque de Exposições, no próximo dia 22 (sábado).

Sindicato Rural sediará o evento do próximo dia 22.

A palestra contará com a participação de Chiquinho do Cacau, profissional da área técnica e grande conhecedor da cultura cacaueira no Brasil. Ele, que tem sua base de Jaru (RO), repassará informações sobre variedades e os tratos culturais em geral.

De acordo com o presidente do Sindicato Rural de Tangará da Serra, Romeu Ciochetta, o cacau poderá surpreender tanto em produtividade como em rentabilidade. “Com um bom planejamento, o município poderá ter na lavoura cacaueira uma nova vocação produtiva, com vantagens principalmente para a agricultura familiar”, observou.

Chiquinho do Cacau estará presente no evento do próximo dia 22, no Sindicato Rural de Tangará da Serra.

As palestras também versarão sobre a viabilidade da implantação da lavoura cacaueira, manejo, adubação, irrigação, colheita e comercialização. Outros temas abordados serão enxertia, produção consorciada com mandioca e banana, além do uso da cama de aviário na adubação e produção sustentável para agricultura familiar.

O evento é organizado dentro do contexto da estratégia Produzir, Conservar e Incluir (PCI) através de parceria do próprio Sindicato Rural com os poderes públicos municipal (prefeitura e secretarias municipais de Agricultura – SEAPA – de Meio Ambiente – SEMMEA) e estadual (EMPAER e secretarias de Estado de Agricultura Familiar – SEAF – e de Meio Ambiente – SEMA). O Sistema Famato, através do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR), também participará, como agente fomentador.

 

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