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Sem “picanha”: Alta da arroba do boi gordo indica encarecimento das carnes no final de ano

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As altas sucessivas no preço da arroba do boi gordo e o cenário desenhado pelo incremento nas exportações indicam que o brasileiro terá um churrasco mais “salgado” nas festas de final de ano. Assim, a “picanha” será um sonho distante na esmagadora maioria dos lares no Brasil governado pelo PT de Lula.

Para se ter uma ideia, as altas nos preços à vista da arroba do boi gordo já verificadas em outubro embalaram em novembro a ponto de, no último dia 11, serem refletidos aumentos sucessivos nos cinco dias anteriores. Naquela data, a arroba do boi gordo estava em R$ 329,05 no maior mercado do país – São Paulo. Hoje, dia 14 de novembro, a arroba está cotada em R$ 339,60.

Em Mato Grosso, o preço da arroba abriu nesta quinta-feira a R$ 307,01, enquanto em Tangará da Serra é comercializada a R$ 315, redondos, segundo o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).

E o varejo é a ponta que confirma o cenário de alta. Em outubro foi registrado aumento médio de 33% no quilo da carne bovina no comércio em Mato Grosso, com altas em sequência por pelo menos três semanas. “Nas festas de final de ano haverá mais consumo e isso impacta no preço… é aquela história da oferta e procura”, observou o jornalista Olmir Cividini, do Canal Rural. “Vai aumentar ainda mais, porque há uma falta de animais prontos para o abate”, completou Cividini.

Carne no varejo em Tangará da Serra: Aumento médio de 33% em outubro sofre embalo agora, em novembro.

O jornalista tem razão. A redução da oferta de gado, especialmente de matrizes e fêmeas, tem diminuído ao longo de 2023, seguiu encolhendo no primeiro semestre de 2024 e segue ainda menor agora, no segundo semestre.

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Junto à menor oferta, há uma demanda interna aquecida com os feriados desse mês de novembro e a projeção para as festas de final de ano. Esse fator se torna ainda mais sensível combinado com outros vetores de alta dos preços, como o crescimento das exportações de carne (principalmente para a “voraz” China) e a valorização do câmbio (dólar a R$ 5,76). Este cenário faz com os frigoríficos comprem mais bois, de olho nas exportações.

Carne de frango, assim como a suína, são alternativas que também sofrem altas nos preços.

Há, ainda, outros aspectos que pressionam para cima o preço da carne, como a queda do desemprego nesta época do ano, o que eleva a tendência de consumo.

As opções à carne bovina, como o frango e a carne suína, também seguem a mesma trajetória de alta. O preço do suíno vivo, por exemplo, registrou aumento em todas as regiões monitoradas pelo Centro de Estudos Avançados em Economia (Cepea) e chegou a registrar percentuais positivos de 5,76% essa semana.

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Já o frango (abatido), graças à forte valorização na semana, fechou o primeiro decêndio de novembro com um valor médio de R$7,853/kg, o que representa valorização de quase 4% sobre o mês anterior e de pouco mais de 6% sobre novembro de 2023.

Ou seja, é bom o consumidor preparar o bolso para essa reta final do ano, porque o churrasco e uma simples carne de panela vão sair bem mais caro.

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CNDL/SPC: 8 em cada 10 consumidores compraram por aplicativos no último ano

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Com a chegada do Natal aumenta o número de ofertas e propagandas de produtos nas redes sociais e nos aplicativos de lojas. E o consumidor brasileiro está cada vez mais habituado a fazer suas compras pela internet. De acordo com uma pesquisa da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), em parceria com a Offerwise Pesquisas, 82% dos internautas utilizaram algum aplicativo de loja para realizar compras no último ano.

Os artigos de vestuário (52%), itens para casa (47%), produtos de beleza, cosméticos, perfumes (47%) e eletrônicos / informática (35%) são os produtos mais comprados por meio de aplicativos.

De acordo com os consumidores entrevistados, as principais razões para o uso dos aplicativos foram a praticidade e rapidez (53%), melhores preços e ofertas do mercado (47%), a ideia de não precisar sair de casa (44%) e a facilidade de acesso do celular de qualquer lugar (44%).

“O Natal é a principal data de vendas do comércio e as grandes marcas estão atentas à esta tendência, por isso têm investido em aplicativos cada vez mais ágeis, práticos e seguros, entendendo os hábitos dos consumidores e se aproximando do seu público”, analisa o presidente da CNDL, José César da Costa.

26% nas redes sociais

A pesquisa mostra que as redes sociais têm um papel importante no processo de compra dos consumidores uma vez que 96% dos entrevistados costumam fazer pesquisas de produtos nas redes sociais, sendo que 63% pesquisam preço, 48% comentários sobre a experiência de outros consumidores e 44% detalhes sobre o produto como cores, materiais e tamanhos.

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Apesar das redes sociais estarem inseridas na hora de pesquisar, apenas 26% dos entrevistados afirmaram que fizeram alguma compra por meio dela. Entre os motivos destacados para não efetivarem suas compras pelas redes sociais estão: medo de compartilhar seus dados de compra e sofrer um golpe (35%), não confiam nas informações compartilhadas neste canal (33%), não gostam de atendimento pelas redes sociais (25%) e têm medo de que o pedido não chegue ou venha diferente da foto / especificação (23%).

Considerando as compras realizadas pelas redes sociais, 48% adquiriram produtos de moda e vestuário, 42% cosméticos, perfumes, produtos para o cabelo (42%), ítens para a casa – eletrodomésticos, decoração, cama, mesa e banho, etc (39%) e eletrônicos / informática (30%).

33% pelo WhatsApp

A pesquisa mostra que o WhatsApp também é relevante na hora de comprar, uma vez que 33% dos entrevistados afirmaram que utilizaram a ferramenta no último ano com esta finalidade.

O WhatsApp se mostra ainda mais importante na hora do consumidor se comunicar com uma loja ou prestador de serviços, já que 62% disseram que na maioria das vezes tiveram um retorno rápido da loja, 22% na maioria das vezes demoraram muito para responder e 13% já aconteceu de não ter tido retorno, mas sendo raro de acontecer.

Os consumidores se mostram satisfeitos com a utilização da plataforma no processo de compra, uma vez que para 83% o WhatsApp é uma boa forma de comunicação com as empresas, sendo que 58% acreditam que é ótimo para tirar dúvidas ou receber suporte técnico, 37% para envio de promoções, 36% para agendar horários de atendimento e 20% para compras.

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Entre os que fizeram a compra pelo WhatsApp, os principais motivos foram: comprar sem sair de casa (42%), mais fácil e rápido do que pessoalmente ou por ligações (35%), gostar de conversar direto com o vendedor na loja (28%), sempre recebem ofertas de produtos e serviços, e acabam comprando (25%) e sentem mais segurança ao ter contato com o vendedor / loja (25%).

Metodologia

Público-alvo: homens e mulheres, com idade igual ou maior a 18 anos, de todas as classes econômicas, e que realizaram compras pela internet nos últimos 12 meses.

Método de coleta: pesquisa quantitativa realizada pela web e pós-ponderada por sexo, idade, estado e renda.

Tamanho amostral da Pesquisa: foram realizados 1.117 contatos em um primeiro levantamento para identificar o percentual de pessoas que compraram pela internet nos últimos 12 meses. Em seguida, continuaram a responder o questionário 821 casos, que fizeram alguma compra ao longo deste período. Resultando, respectivamente, uma margem de erro no geral de 2,93 p.p e 3,42 p.p para um nível de confiança de 95% para mais ou para menos.

Data de coleta dos dados: a coleta foi realizada entre os dias 14 e 21 de junho de 2024.

(Marina Barbosa – Assessoria CNDL)

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