O prefeito de Castanheira, Jackson de Oliveira Rios, o Juninho, filiou-se ao PSD, aumentando para 11 o número de gestores do partido. No ato, realizado nesta quinta-feira (13), em Juína, e que contou com o presidente estadual do partido, senador Carlos Fávaro, o PSD também recebeu a ex-prefeita de Castanheira, Mabel de Fátima Milanezi Almici, e quatro secretários municipais de Juína.
Juninho era o único prefeito eleito pelo Partido dos Trabalhadores em Mato Grosso nas eleições de 2020, sucedendo Mabel, que agora trabalha para viabilizar sua candidatura a deputada federal na disputa prevista para o ano que vem. “Estou muito feliz em ter sido acolhida por este partido, pelo senador Fávaro, e vou trabalhar muito para contribuir para o crescimento do PSD na nossa região”, afirmou a ex-prefeita.
Além dos políticos de Castanheira, o PSD recebeu outros 11 novos integrantes em Juína. Entre eles, destacam-se o secretário de Educação, Ericson Leandro de Oliveira, a secretária de Saúde, Marcela Américo Ortolan, o procurador-geral do município, Juliano Cruz da Silva, e o diretor do Departamento de Comunicação da cidade, Cleber Batista.
Com a adesão dos quatro gestores, o partido fica com uma das maiores representações na gestão do prefeito Paulo Veronese (PODE), que apoiou Fávaro na eleição suplementar de 2020 e tem buscado a interlocução do senador para viabilizar recursos e obras para a cidade.
Para o presidente regional do PSD, a adesão de políticos dos mais variados partidos demonstra a confiança gerada pela sigla no sentido de contribuir para o desenvolvimento das cidades, de Mato Grosso e do Brasil. “Temos trabalhado, sob a orientação do nosso presidente nacional, Gilberto Kassab, para apresentar à sociedade um projeto que vise o desenvolvimento sem que ninguém fique para trás. A adesão de tantas pessoas ao PSD é uma mostra de que os prefeitos entendem que este é o melhor modelo, que é possível fazer a boa política e assegurar que o Poder Público chegue a todos”.
No início do mês, o PSD recebeu a filiação do prefeito de Denise, Aldecir de Sousa Oliveira, o Marrom, que, à ocasião, afirmou estar muito orgulhoso com o ingresso nos quadros do PSD. “Não pensei duas vezes antes de aceitar este convite. Hoje estou, com muito orgulho, em um dos maiores partidos do Brasil e tenho a certeza de que vamos poder fazer muito mais pela população de Denise”.
Com as novas adesões, o PSD em Mato Grosso passa a contar com 11 prefeitos e 89 vereadores. (Assessoria)
Encolhimento
Enquanto isso, o PT encolhe cada vez mais em Mato Grosso, fenômeno que já é verificado em todo o país, dada a impopularidade da sigla comunista em razão das máculas deixadas por envolvimento em episódios de corrupção e pelo sistemático desgaste à sua imagem partidária.
Assim, desacreditado no cenário político nacional, o PT é hoje um partido que tem dificuldades em lançar candidaturas a cargos executivos. Suas lideranças são vistas com desconfiança e seus discursos não atraem interesse e, muito menos, agregam credibilidade.
Em Tangará da Serra, por exemplo, o PT teve de conviver nas últimas eleições com a rejeição de todas as demais siglas. Nessa conjuntura, a legenda se viu em meio ao ostracismo e teve de apostar exclusivamente na militância, insuficiente até mesmo para buscar uma vaga na Câmara Municipal.
Para os cargos de representação legislativa estadual e federal, o PT ainda conseguiu, no pleito de 2018, alguma resposta em razão do trabalho da militância, como nos casos da deputada federal Rosa Neide Sandes de Almeida e do deputado estadual Lúdio Cabral.
A tendência, porém, é de um encolhimento ainda maior, mesmo porque o líder máximo da legenda petista, o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva, está muito distante da grande popularidade conquistada nas eleições de 2020 e quando esteve no Palácio do Planalto, de 2003 a 2010.
Os escândalos de corrupção revelados pela Operação Lava-Jato acabaram por macular a imagem do PT e de seus líderes de forma irreversível. Prova está na gradual e persistente debandada de nomes importantes da sigla e n o visível constrangimento em lançar postulantes a cargos públicos. Por isso, a constatação é de que o pleito de 2022 será crucial para a sigla: Ou recupera ao menos em parte a sua imagem, ou sucumbe ao próprio descrédito. (Redação EB)