O Pix vai sofrer uma série de mudanças nos próximos meses, e isso já foi confirmado pelo Banco Central, mais precisamente no dia 27 de agosto. Contudo, não é somente o Pix que vai passar por mudanças, mas também outros meios de pagamentos como TED, cartões de débito e as transferências intrabancárias.
Pagamento via Pix
O Pix é uma opção de pagamento instantâneo desenvolvido pelo Banco Central. Antes de sua liberação o Pix era motivo de receio por grande parte dos clientes de bancos, contudo, devido a sua facilidade e praticidade rapidamente entrou no gosto dos brasileiros para a realização de pagamentos bancários.
Assim o Pix se tornou uma opção a mais para quem costumava utilizar TED e DOC. O motivo principal para o Pix ter caído no gosto do público está em sua praticidade em realizar transações em menos de 10 segundos, usando apenas o aplicativo de celular, bem como seu funcionamento 24 horas por dia, 7 dias por semana, mesmo em feriados nacionais.
O Pix pode ser usado nas seguintes transações:
– Entre pessoas (transações P2P);
– Entre pessoas e estabelecimentos comerciais (transações P2B);
– Entre estabelecimentos (transações B2B);
– Para pagamentos de taxas e impostos (transações P2G e B2G).
Em outros termos, com o Pix o usuário consegue pagar suas compras em um supermercado em tempo real, além de fazer transferências instantâneas para quem quiser.
Novas mudanças a caminho
O Banco Central também anunciou dois novos produtos que envolvem a modalidade de pagamentos, sendo o Pix Saque e o Pix Troco, em que os dois novos produtos devem ser implementados no dia 29 de novembro.
Ademais, dentre as novas mudanças que devem ser implementadas nas próximas semanas e meses teremos:
– Limite máximo de R$ 1 mil para operações financeiras entre pessoas físicas das 20h às 6h;
– Usuários que queiram realizar transferência acima de R$ 1 mil devem realizar o pedido no canal digital do banco, onde o prazo mínimo será de 24h e o máximo de 48h para concessão do aumento;
– Usuários poderão deixar um teto menor para transações financeiras que ocorram no período da noite;
– Para transações acima de R$ 1 mil no período da noite será necessário cadastrar as contas específicas;
– Novo prazo mínimo de 24h para realização do cadastro prévio de contas em canais digitais;
– Os usuários poderão ter operações retidas por 30 minutos durante o dia e 1 hora à noite para análise de riscos.
Demais mudanças
Antes de adentramos as demais mudanças, vamos fixar alguns termos mais técnicos que são extremamente importantes, que vão te ajudar a entender melhor o funcionamento do Pix.
O ‘DICT’ – Diretório de Contas Transacionais — é o local onde as chaves Pix ficam armazenadas. Através do DICT, as instituições financeiras e de pagamento conseguem encontrar os dados sobre cada conta para prosseguir com a transferência.
Os ‘PSPs’ – Provedores de Serviço de Pagamento — são os responsáveis por disponibilizar o serviço de pagamento instantâneo às pessoas físicas e jurídicas.
Já o ‘SPI’ – Sistema de Pagamentos Instantâneos — é definido pelo Banco Central como uma infraestrutura centralizada de liquidação bruta em tempo real de pagamentos instantâneos. A princípio parece um conceito difícil, mas há explicações mais detalhadas no próximo tópico.
As demais mudanças que vão ocorrer com o sistema de operações bancárias PIX:
– Controle de contas suspeitas: O mecanismo atual que é opcional e permite a marcação de contas suspeitas de DICT será obrigatório. Assim as contas com indícios de utilização para fraudes por meio do Pix serão registradas.
– Consultas para a prevenção de fraudes: O DICT terá permissão para alimentar o sistema de prevenção de fraudes.
– Contas de aluguel laranjas: Exige que os participantes do Pix assumam controle adicional sobre as transações que envolvem contas marcadas no DICT, incluindo a recusa em processá-las, desencorajando o uso de contas de aluguel ou laranjas.
– Controle maior sobre fraudes: Exige que as instituições regulamentadas (como bancos) exerçam controle adicional sobre a fraude, relatem ao comitê de auditoria e ao conselho de administração ou, na sua ausência, relatem ao comitê executivo e forneçam essas informações ao Banco Central.
– Informações compartilhadas: Exigir que as empresas de pagamento eletrônico compartilhem informações sobre transações suspeitas de participação em atividades criminosas com órgãos de segurança pública.
– Histórico de comportamento e crédito: Será obrigatório o histórico comportamental bem como de crédito para que assim as empresas possam antecipar recebíveis de cartões que possuam pagamentos no mesmo dia, reduzindo a ocorrência de fraude.
(Fonte: Jornal Contábil, com informações de Banco Central, Economia UOL e Gerencianet)