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Operações policiais por influência e venda de sentenças no MT expõem Tribunal de Justiça

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Uma história de 150 anos está sofrendo arranhões que podem virar em cicatrizes permanentes. Afinal, a desonestidade de poucos ameaça a credibilidade de todos.

A fase vivenciada pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso (fundado em maio de 1874) é preocupante. Na mesma semana da deflagração de ações policiais contra dois desembargadores, a instância superior da Justiça de Mato Grosso se vê às voltas com outro escândalo que envolve assassinato e interferência em decisões judiciais.

Deflagrada nesta quinta-feira (28), a Operação Office Crime tem como alvo três advogados e dois empresários de Cuiabá. A ação policial, executada pela Polícia Judiciária Civil, investiga o homicídio do advogado Renato Gomes Nery, morto em frente do escritório em que trabalhava, na Avenida Fernando Corrêa, na capital do Estado, em julho passado. Cinco mandados de busca e apreensão foram cumpridos na capital e na cidade de Primavera do Leste.

Operação Office Crime foi deflagrada nesta quinta (28) pela Polícia Civil.

Na operação foram apreendidos nas casas dos investigados, em condomínios de luxo, R$ 30 mil em espécie, barras de ouro, celulares e computadores.

Os alvos da operação são os advogados Antonio João de Carvalho Junior, Agnaldo Bezerra Bonfim e Gaylussac Dantas de Araujo, e os empresários Cesar Jorge Sechi e Julinere Goulart Bastos.

Leia mais:  Operação Alvará Final: Polícia Civil desarticula quadrilha após denúncias da OAB-MT

Segundo a polícia, os advogados investigados atuam no mesmo escritório, enquanto os empresários, que são casados, têm domicílio em Primavera do Leste.

Os trabalhos de investigação apuraram que Renato Gomes Nery morreu por disputa de terra, uma fazenda em Novo São Joaquim, a 465 quilômetros de Cuiabá, no leste do estado. O objetivo é obter provas para investigar a possível participação dos suspeitos no crime de homicídio qualificado e na atuação em organização criminosa contra o advogado.

As medidas cautelares foram expedidas pelo Núcleo de Inquéritos Policiais de Cuiabá (Nipo), após representação dos delegados da DHPP, que são responsáveis pela investigação.

Crime

Advogado Renato Gomes Nery foi morto em razão de disputa de terra.

Renato Gomes Nery foi morto quando chegava no escritório dele. Segundo a Polícia Civil, o atirador já o estava e, após os disparos, fugiu do local em uma moto. Uma câmera de segurança registrou o momento em que o advogado caminha até a porta do escritório, é atingido pelos disparos e cai. Ele chegou a ser socorrido, mas veio a óbito quando recebia atendimento.

Responsável pelo inquérito, o delegado Bruno Abreu Magalhães disse que a perícia colheu informações no escritório da vítima e analisou imagens para tentar identificar o atirador. O celular de Renato foi apreendido.

Leia mais:  Polêmica das “emendas PIX” segue com portarias do MPF para outros seis municípios

Sisamnes

A Polícia Federal cumpriu na última terça-feira (26) mandados de busca e apreensão nas casas dos desembargadores Sebastião de Moraes Filho e João Ferreira Filho, nesta terça-feira (26), durante a Operação Sisamnes, em Cuiabá.

Em Mato Grosso, esquema de venda de sentenças levou ao afastamento dos desembargadores João Ferreira Filho e Sebastião de Moraes Filho. Servidores também estão na berlinda.

Os dois magistrados estão afastados do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) por serem suspeitos de envolvimento em esquema de venda de sentenças. A PF também prendeu o lobista Andreson Gonçalves, apontado como intermediário das negociações ilícitas.

Com o afastamento, os dois magistrados passam a ser monitorados por tornozeleira eletrônica, além de terem os passaportes apreendidos e bens e valores bloqueados.

O esquema de venda de sentenças culminou, em dezembro do ano passado, com o assassinato do advogado Roberto Zampieri. A mando de um fazendeiro – Aníbal Manoel Laurindo – por motivo de disputa de terra (uma fazenda de R$ 100 milhões em Paranatinga, no meio-norte mato-grossense), Zampieri foi morto a tiros em frente ao seu escritório, numa emboscada, em circunstância similar à morte do também advogado Renato Gomes Nery.

O TJMT informou, em nota, que está ciente do caso e se colocou à disposição para o fornecimento de informações necessárias ao andamento das investigações.

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Polêmica das “emendas PIX” segue com portarias do MPF para outros seis municípios

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Mais seis municípios de Mato Grosso foram alvo de portarias emitidas pelo Ministério Público Federal para acompanhar a aplicação de emendas parlamentares via transferências especiais, conhecidas como “emendas PIX”.

Assinadas pela procuradora da República Thais Araújo Franco, as portarias, publicadas nesta quinta-feira, exigem que as prefeituras de Curvelândia, Alto Garças, Nova Xavantina, Santo Antônio de Leverger, Lambari D’Oeste e Juína apresentem informações detalhadas sobre os valores recebidos e a destinação dos recursos.

Há poucos dias, o Ministério Público já tinha cobrado informações semelhantes dos municípios de Diamantino, Tesouro, Feliz Natal, Juscimeira, São José do Povo, Peixoto de Azevedo e Carlinda.

De acordo com a procuradora, o objetivo das medidas é garantir a transparência na aplicação dos recursos.

Os gestores municipais deverão informar dados sobre contas bancárias específicas criadas para movimentação dos valores, além de detalhar as transferências recebidas e o uso dos montantes.

O prazo para a prestação de contas referente aos recursos de 2024 foi fixado em 31 de dezembro.

Leia mais:  Matrículas na rede municipal para ano letivo de 2025 podem ser feitas até sexta, dia 13

A procuradora Thais Franco ressaltou que a fiscalização visa prevenir a má gestão dos recursos, que, devido à sua natureza, dificultam o controle e podem ser utilizados de forma incompatível com as práticas republicanas.

Além dos municípios, o MPF também está investigando os parlamentares responsáveis por algumas dessas emendas.

Entre os casos apurados, está a deputada federal Coronel Fernanda, do PL, autora de duas emendas: uma de 590 mil reais para Cocalinho e outra de um milhão e 400 mil reais para Chapada dos Guimarães.

Outra emenda sob acompanhamento é a do senador Jayme Campos, do União Brasil, no valor de um milhão de reais para Nova Bandeirantes.

O deputado federal Coronel Assis, do União Brasil, também está na mira do Ministério Público Federal, com uma emenda PIX de um milhão 446 mil 209 reais destinada para Várzea Grande.

(Sapicuá RN)

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