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Ocorrências de trânsito geram gargalo no sistema público com alta ocupação de leitos

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Em tempos de boom epidêmico de arboviroses e de ocorrências de síndromes gripais graves que resultam invariavelmente em internações, o alto índice de ocorrências de trânsito contribui para um gargalo preocupante no sistema público de saúde.

O ano de 2024 tem apresentado destaques negativos na área da saúde. As arboviroses  (dengue, chikungunya e zika) representaram um salto nas internações pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em Tangará da Serra principalmente a partir de março desse ano, quando os casos explodiram no município. De forma paralela, casos graves de influenza começaram a surgir, exigindo leitos hospitalares, inclusive de UTIs.

O trânsito, no entanto, é o principal vetor do congestionamento nos leitos hospitalares. Em 2024 as ocorrências de trânsito aumentaram expressivamente. E quando há feridos em ocorrências de trânsito, cada atendimento do SAMU gera uma entrada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA), o que significa ocupação de leitos, seja em enfermaria, seja em UTI. (Ver matéria no link anexo)

Trânsito mostra aumento de 67% nas ocorrências em Tangará; Óbitos aumentaram 40%

Das ocorrências registradas, mais de 90% contam com envolvimento de motociclistas. Estes, muitas vezes, resultam com ferimentos graves, como traumas cranioencefálicos, fraturas de membros e lesões no tórax, e isso implica em maior risco de ficar mais tempo no hospital, gerando cirurgias e, consequentemente, ocupação de leitos. As internações tem duração média de seis dias, segundo recente estudo realizado no país por entidades especializadas.

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Preocupação

Em entrevista concedida no último dia 14, a Secretaria Municipal de Saúde de Tangará da Serra fez um alerta à população tangaraense para o número elevado de acidentes de trânsito graves registrados nos últimos dias. Um fato relevante foi apontado na ocasião: todos os leitos de UTI do estado de Mato Grosso estavam ocupados.

Somente em Tangará, seis pacientes vítimas de acidentes entre 10 e 13 de maio aguardavam vaga de UTI em algum hospital no estado. E, a exemplo do que ocorre em todo o Mato Grosso, em Tangará da Serra os 10 leitos de UTI do Hospital Municipal estão ocupados.

Segundo o secretário de Saúde do município, Wellington Bezerra (foto acima, ao centro), é preocupante o alto índice de acidentes graves nos finais de semana e nos feriados no município. “Para se ter uma ideia, no período dos dias 10, 11, 12 e 13 foram registrados 19 acidentes de trânsito graves envolvendo motocicletas”, disse, acrescentando que, “desses 19 acidentes, 5 pessoas tiveram politraumatismo, que são traumas (fraturas) em diversas partes do corpo, incluindo crânio, membros inferiores e superiores e membros internos. E desses 19 acidentes nós tivemos quatro com múltiplas vítimas, ou seja, pelo menos 3 vítimas envolvidas no ambiente”.

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Segundo as diretorias técnicas do SAMU e da UPA, o número elevando de acidentes graves é preocupante não apenas por colocar em risco a vida das pessoas, mas também por causar sobrecarga nas equipes de socorro e de atendimento médico. “Precisamos da colaboração da população, isso nos causa uma aflição imensa, porque são vidas e a gente quer resolver isso e salvar vidas”, disse, na oportunidade, Ingrid Iara Rodrigues da Silva (foto acima, à direita), diretora técnica do SAMU.

Sobre o final de semana que inclui o Dia das Mães e o feriado municipal de 13 de maio, a situação foi muito movimentada na UPA. “A admissão de pacientes graves, especialmente neste final de semana na UPA foi muito intensa, hoje nós temos seis pacientes aguardando leitos de UTI e a gente não tem vaga no estado inteiro. Esses pacientes do final de semana são todos jovens e a gente continua tentando leito de UTI para atender esses pacientes”, alertou, naquela entrevista, a diretora técnica da UPA, Joslaine Aparecida Wainer (foto acima, à esquerda).

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Redes sociais estão repletas de “Fake News” sobre rompimentos em barragens [áudio]

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Uma série de informações falsas dando conta de rompimento de barragens maiores localizadas na região de Tangará da Serra vem causando confusão e desinformação junto à opinião pública regional.

Alertas falsos de que uma grande barragem no rio Juba, em Tangará da Serra, teria rompido e que ás águas chegariam até cidades como Barra do Bugres e Cáceres causaram certa preocupação em moradores da região e até de autoridades.

Na verdade, os riscos de rompimento ocorreram em um único barramento, no município de Nova Olímpia, na área privada de um empreendimento de bioenergia. O problema, porém, foi contornado pela própria empresa, com os trabalhos recebendo acompanhamento da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros.

Único barramento com riscos na região é em Nova Olímpia e está sob monitoramento.

Na manhã desta quarta (15), a redação entrou em contato com o Corpo de Bombeiros, que negou qualquer risco de rompimento em barragens localizadas no rio Juba, contrariando as “fake news” divulgadas irresponsavelmente por internautas mal intencionados.

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“Uma barragem próximo de Nova Olímpia/Denise apresenta certo grau de risco e nossas equipes estão fazendo o monitoramento”, confirmou o militar, referindo-se ao barramento São Lourenço, em Nova Olímpia.

Sargento Eliezer, da 3ª Companhia Independente de Bombeiros Militar de Tangará da Serra, desmentiu as informações de riscos ou rompimento de barragens no rio Juba. “Essas outras situações de fake News de que alguma barragem do Juba oferece risco, não é verdade, e a própria empresa faz o monitoramento e se houvesse qualquer tipo de risco nós já teríamos sido avisados”, afirmou.

(*) Ouça, na sequência, áudio com declaração do Sargento Eliezer, do Corpo de Bombeiros:

Irresponsabilidade

A popularização e acesso facilitado aos meios de comunicação, em especial às redes sociais, fez o conceito de fake news ganhar forma.

Empregado às notícias fraudulentas que circulam nas mídias sociais e na Internet, o conceito é aplicado principalmente aos portais de comunicação online, como redes sociais (como o WhatsApp), sites e blogs, que são plataformas de fácil acesso e, portanto, mais propícias à propagação de notícias falsas, visto que qualquer cidadão tem autonomia para publicar.

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Os efeitos são nefastos. Atrapalham o trabalho das autoridades, podem comprometer imagens de empresas e instituições, além de causar pânico, revolta e situações de desespero coletivo, podendo representar condições de difícil controle pelo poder público.

No caso das falsos alarmes de rompimento de barragem no rio Juba, houve informações de grande preocupação na região do Assentamento Antônio Conselheiro e outras comunidades à jusante da barragem mencionada. Uma das mensagens fraudulentas sugeria que quem tivesse parentes na região de Cáceres, que já os avisasse da ocorrência que, na realidade, inexiste.

Punição

Quem espalhar fake news e for identificado pode responder criminalmente. As tipificações variam entre crimes contra a honra, difamação, calúnia e outros delitos, a depender do contexto da desinformação disseminada.

Vale lembrar que qualquer cidadão pode denunciar fake news e seus autores junto às polícias Civil e Militar.

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