O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) publicou essa semana, em sua página no “X” e repercutido no aplicativo Linkedin, uma dura crítica ao governo do presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT), com ataque direto ao sistema Globo (TV, rádios e sites).

Em seu post, datado de ontem (terça, 09), Bolsonaro aponta uma série negativa do governo petista.

“Aumento do preço dos combustíveis, inflação, perdão de multas que soma mais de R$1 bilhão, leilão do arroz, recorde de queimadas na Amazônia, recorde de queimadas no Pantanal (…)”.

Bolsonaro segue citando a licitação de comunicação cancelada pelo governo após o Tribunal de Contas da União detectar indícios de “graves irregularidades”. O pregão visava à contratação de assessoria de comunicação e gestão de redes sociais. E a lista de apontamentos segue:

“(…) piada mundial, destruição da liberdade, interferência onde pode e tudo mais, taxação de aplicativos de motoristas, taxação das blusinhas, taxação de carnes, pé de galinha para o povo, defensor de terroristas, MST invadindo terras, taxação de heranças, recorde de mortes e infecções por dengue, falta de vacinas de dengue e de COVID, recorde de mortes de indígenas, aumento dos preços da cesta básica, mais de R$ 1 bilhão gastos em viagens internacionais, dezenas de milhões gastos com roupas de cama, tapetes e etc, cortes na saúde, cortes na educação, cortes em pesquisas, volta do DPVAT, aumento da valor da cesta básica, segurança pública em frangalhos….”.

Na sequência, o ex-presidente dispara contra a maior emissora do país:

“E então surge a Globo em mais um dia de jornalismo… há bilhões de motivos para o sistema fazer o papelão que está fazendo para defender seu chefe…”.

Repercussão

Bolsonaro é inimigo declarado das organizações Globo, desde antes de sua campanha presidencial de 2018, quando foi vitorioso numa disputa com o petista Fernando Haddad, enquanto Lula estava preso por improbidade, por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF).

Quanto aos combustíveis, após o aumento, o site G1 postou matéria destacando que “mesmo após o reajuste, os preços praticados pela petroleira ainda estão abaixo dos valores no mercado internacional”.

A Globo também dá enfoque positivo à situação do mercado financeiro, em matéria “Dólar e Ibovespa têm volatilidade, com inflação melhor do que o esperado e Fed no radar”.

Quanto às queimadas, ás quais Bolsonaro se refere a “recordes” no atual governo, o jornal O Globo reconhece os altos e trágicos números, mas acaba defendendo o presidente Lula. “O número total de incêndios ocorridos no primeiro semestre do ano é muito superior ao mesmo período do ano passado (8.344). Esta é uma má notícia para o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que deve enfrentar este aumento dos incêndios enquanto o desmatamento continua a diminuir na Amazônia”, diz matéria publicada no último dia 01. No mesmo artigo, publicado no site www.oglobo.globo.com, há uma ‘cutucada no Agro, no seguinte trecho:

 “Segundo Rômulo Batista, porta-voz do Greenpeace Brasil, “as mudanças climáticas contribuem” para este aumento dos incêndios florestais, causados ​​principalmente por uma seca excepcional que afetou a Amazônia no ano passado. “Infelizmente, boa parte dos biomas brasileiros está sob estresse hídrico por falta de chuvas… O ambiente fica mais seco e a vegetação mais seca é mais propícia a incêndios”, disse. O especialista estimou, no entanto, que “a maioria destes incêndios não ocorre espontaneamente ou devido à queda de raios”, mas sim devido à “ação humana”, especialmente para limpar terrenos para expandir as atividades agrícolas.

Nos comentários, enquanto uns criticam Bolsonaro, outros o apoiam. Num deles, em nome de Danilo Oliveira, consta: “Não cansa de falar mentiras e passa vergonha… Alexandre de Moraes está te esperando de braços abertos. Abre o olho! A hora que a polícia federal ir na sua casa, não vai fazer igual seu amigo Roberto Jefferson fez!”.

Noutro comentário, em nome de Daniano Penaforte e Silva, está postado: “Q lista gigantesca!! O sistema tá fazendo de tudo pra se segurar. Mas vai cair. Não há mal que dure pra sempre”.