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MT gerou mais de 7 mil empregos formais em fevereiro; Tangará lidera na região

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Mato Grosso superou em 31% o número de vagas de emprego com carteira assinada gerados em fevereiro deste ano, em relação ao mesmo mês do ano passado. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).

Na região polarizada por Tangará da Serra, o município polo domina com 1.827 empregos formais gerados em fevereiro. Deduzindo-se os 1.557 desligamentos, Tangará também lidera entre os cinco principais municípios da região, com saldo de 270 postos de trabalho.

Em fevereiro de 2024, foram contratados em Mato Grosso um total de 59.538 trabalhadores contra 52.109 desligamentos, gerando um saldo positivo de 7.429 novas vagas de emprego. No ano passado, o saldo de novos empregos nesse mesmo mês foi de cinco mil 676 vagas.

Nos dois primeiros meses deste ano, foram abertos 24.568 novos postos de trabalho, o que representa um crescimento de 10,6% em relação ao primeiro bimestre de 2023.

Quase 60% dos novos postos de trabalho gerados em fevereiro foram no setor de serviços, com 4.398, seguido pelo comércio, com 1.817 vagas, construção 1.481 e a indústria com 1.322 empregos.

Leia mais:  Colheita estrangulada e logística insuficiente encarecem frete em até 73,9% no MT

Um dos diferenciais do mês de fevereiro foi a contratação de mais mulheres do que homens. Das 7.429 novas vagas, 4.181 foram preenchidas por mulheres e 3.250 por homens.

Cerca de 64% dos novos empregos foram destinados aos trabalhadores com ensino médio completo e 59,5% foram preenchidos por menores aprendizes e jovens de 18 a 24 anos.

Entre os municípios-polo do estado, o de maior número de admissões em fevereiro foi Rondonópolis, com 5.274 vagas criadas ante 4.406 desligamentos e saldo de 868. (Veja quadro abaixo)

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Colheita estrangulada e logística insuficiente encarecem frete em até 73,9% no MT

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Mato Grosso deve colher 47 milhões de toneladas de soja na safra atual. Em meio a esse volume de grãos, o atraso na colheita em razão das chuvas reflete diretamente no fluxo do escoamento.

A colheita está acelerada, aproveitando as janelas de sol para o trabalho das máquinas nas lavouras. Aí é que vem o problema, na medida em que o estrangulamento da colheita encarece o frete em até 70% em algumas rotas a partir de Mato Grosso e esse ritmo de alta deve seguir nesse mês de fevereiro, segundo especialistas do setor.

Mato Grosso ainda depende muito do modal rodoviário e há poucas opções de ferrovias e praticamente nada de hidrovias. Para agravar o cenário, não há caminhões suficientes para atender a demanda, o que catapulta o preço do frete. Por exemplo, na rota Sorriso-Santos o preço do frete por tonelada subiu de R$ 330,00 para R$ 340,00 em janeiro e, agora, em fevereiro, se aproxima de R$ 500,00. Especialistas preveem que para essa rota o prelo do frete/tonelada chegue a R$ 600,00 ainda nesse mês.

Colheita apertada integra cenário de alta nos preços do frete em Mato Grosso.

Para transportar a soja de Sorriso a Rondonópolis, em 15 dias o frete subiu de R$ 118/tonelada para R$ 205/tonelada. Ou seja, um aumento de 73,7%. Outra opção para descarregamento da soja em trens, na rota Querência-Rio Verde(GO), o frete teve alta semelhante, de 73,9%, saltando de R$ 138/tonelada para R$ 240/tonelada.

Leia mais:  Colheita estrangulada e logística insuficiente encarecem frete em até 73,9% no MT

Outro gargalo é a insuficiência do sistema de armazenagem, cuja capacidade é de 65% da safra, incluindo as próprias fazendas, as cerealistas, empresas e tradings. O governo, por sua vez, não contribui para uma solução, ainda que disponibilize linhas de crédito para a estocagem nas propriedades através do Plano de Construção de Armazéns (PCA).

Mesmo com disponibilização de R$ 3,3 bilhões pelo PCA a juros anuais de 7% e R$ 4,5 bilhões para armazéns maiores com juros de 8,5% ao ano, o prazo de apenas 10 anos para pagamento são muito curtos para o tamanho dos investimentos.

Por fim, o diesel subiu R$ 0,22/litro nas refinarias. Vale lembrar que o combustível responde por 50% do custo do frete.

As altas verificadas no frete recaem, também, no preço dos fertilizantes.

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