TANGARÁ DA SERRA
Pesquisar
Close this search box.

Agronegócio & Produção

Momento Agrícola: Reações contra UE, notícias comentadas e entrevistas são destaques

Publicado em

O posicionamento dos países sul-americanos sobre a Lei do Desmatamento Zero imposto pela União Europeia, as reações da China e dos Estados Unidos sobre o mesmo assunto, notícias comentadas e entrevistas compõem o conteúdo do Momento Agrícola deste sábado, 03 de agosto.

De autoria do produtor rural, agrônomo e consultor Ricardo Arioli, o Momento Agrícola é um programa veiculado aos sábados pela rede de rádios do Agro – entre elas a Enfoque Rádio Web – e repercutido em forma de notícias e com podcast Soundcloud pelo Enfoque Business, também aos finais de semana.

Requerimento à UE

Em reunião no último final de semana, em Buenos Aires, os ministros de agricultura dos países que integram o Conselho Agropecuário do Sul (CAS) pediram à União Europeia (UE) que adie a implementação do Regulamento 1115/2023 sobre desmatamento, prevista para o próximo dia 30 de dezembro.

O CAS é composto pelos ministros de agricultura da Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Paraguai e Uruguai, e sua secretaria técnica está a cargo do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA).

No requerimento encaminhado à UE, eles alertam que a entrada em vigor do Regulamento sem uma discussão mais ampla pode impactar negativamente o comércio agroalimentar, causando prejuízos aos pequenos e médios produtores dos países da região.

Ricardo Arioli comenta sobre esse importante posicionamento do Agro sul-americano, logo no início do primeiro bloco.

Não à UE

A China anunciou essa semana à União Europeia não irá rastrear com coordenadas geoespaciais a produção das suas matérias primas florestais por questões de segurança. A China é importante fornecedora de móveis, painéis de madeira e outros produtos de origem florestal para a Europa.

Exigências da UE geram impasse com fornecedores com grandes fornecedores de produtos florestais.

Além da China, os Estados Unidos, que também fornecem produtos florestais à UE, são igualmente contrários à lei de desmatamento zero imposta pelos europeus (na verdade, uma barreira comercial não tarifária), sob argumento de que tais condições resultariam em impactos bilionários sobre a cadeia de produtos florestais norte-americana.

Arioli comenta sobre essa reação às imposições europeias.

Entrevistas

Além de outras notícias comentadas, o Momento Agrícola traz os blocos com entrevistas com os temas: “Desafios para Internacionalização do Agro”, com Felipe Spaniol, da CNA; “O Senar e a tragédia do Agro Gaúcho”, com Eduardo Condorelli, da FARSUL; e “A Olimpíada sem Carne”, com Dr. Roberto Giolo, da Embrapa.

Para ouvir o Momento Agrícola na íntegra, clique no podcast abaixo ou acesse a Enfoque Rádio Web, na parte superior da página deste site. O programa vai ao ar aos sábados, a partir das 07h00, com reprise aos domingos, no mesmo horário.

Comentários Facebook
Advertisement

Agronegócio & Produção

Produção agrícola mecanizada em terras indígenas pode impulsionar o agro no Chapadão

Published

on

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, anunciou na semana passada que o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) autorizou comunidades indígenas a desenvolver agricultura mecanizada e monocultura em seus territórios.

Em Mato Grosso, a decisão abre novas perspectivas para as etnias Paresi, Nambiquara e Manoki, da região de Campo Novo do Parecis, Sapezal e Tangará da Serra. A partir da autorização, as comunidades poderão cultivar soja e milho sem risco de multas ou embargos ambientais.

As lideranças indígenas comemoraram a medida. Entre elas está Arnaldo Zunizakae, presidente da Coopihanama, cooperativa que administra a produção agrícola das aldeias. Ele destacou que a decisão garante melhorias na qualidade de vida e contribui para a permanência dos povos em seus territórios.

Fávaro também ressaltou que, além da autorização do Ibama, os agricultores indígenas poderão acessar linhas de crédito do Plano Safra para financiar a produção.

Tangará da Serra

Em Tangará da Serra, as terras indígenas correspondem a 53% da área total do município, que possui aproximadamente 11,3 mil km². A maior é a Terra Indígena Pareci, onde estão localizadas as aldeias Katyalarekwa e Serra Dourada, a cerca de 125 quilômetros da área urbana. Já a Aldeia Formoso, integrante da Terra Indígena Rio Formoso, fica a 85 quilômetros do centro da cidade.

Parte das comunidades já produz grãos nessas áreas. O trabalho é acompanhado por programas de capacitação do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), que oferece cursos de operação e manutenção de máquinas agrícolas e de aplicação de herbicidas.

Em Campo Novo do Parecis, a 400 quilômetros de Cuiabá, a produção indígena já ocorre há 15 anos. Nas terras das etnias Manoki, Nambiquara e Paresi, mais de 17 mil hectares são destinados ao cultivo de grãos. Segundo as lideranças, 95% do tratamento da lavoura é feito sem agrotóxicos.

Potencial econômico

As reservas indígenas em Tangará da Serra somam cerca de 6 mil km², o equivalente a 600 mil hectares. Para efeito de comparação, o município conta atualmente com pouco mais de 176 mil hectares cultivados com soja e milho.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Produto Interno Bruto (PIB) de Tangará da Serra em 2021 foi de R$ 5,58 bilhões. Desse total, 25% — ou R$ 1,395 bilhão — correspondeu ao valor adicionado pela agropecuária.

Se apenas 10% da área indígena fosse destinada ao plantio — respeitando a reserva legal mínima de 35% no Cerrado — seria possível ampliar em quase 30% a área agrícola do município. Nesse cenário, considerando as produtividades da soja e do milho (respectivamente 66 sc/ha e 126 sc/ha) e as cotações atuais desses produtos, a agropecuária poderia acrescentar, somente na comercialização da safra, quase R$ 500 milhões ao PIB local, elevando-o para praticamente R$ 6 bilhões.

Comentários Facebook
Continue Reading

Envie sua sugestão

Clique no botão abaixo e envie sua sugestão para nossa equipe de redação
SUGESTÃO

Empresas & Produtos

Economia & Mercado

Contábil & Tributário

Governo & Legislação

Profissionais & Tecnologias

Mais Lidas da Semana