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Agronegócio & Produção

Momento Agrícola: Adiamento do Plano Safra, maconha no STF e entrevistas são destaques

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A apreensão e as expectativas causadas pelo adiamento do Plano Safra pelo governo federal, a liberação da maconha pela suprema corte brasileira, outras pautas e entrevistas são os destaques da edição desse sábado (29) do Momento Agrícola.

De autoria do produtor rural, agrônomo e consultor Ricardo Arioli, o Momento Agrícola é um programa veiculado aos sábados pela rede de rádios do Agro – entre elas a Enfoque Rádio Web – e repercutido em forma de notícias e com podcast Soundcloud pelo Enfoque Business, também aos finais de semana.

O adiamento

Não está sendo bem digerido pelo setor agropecuário o adiamento do anúncio do Plano Safra 2024/2025. A bancada do Agro no Congresso divulgou uma nota em que lamenta profundamente o adiamento, classificando a postergação para o próximo dia 03 (quarta-feira) como demonstração de desorganização e ineficiência do governo federal.

O adiamento causa apreensão principalmente no setor produtivo gaúcho, já que os recursos do programa são aguardados com ansiedade pela agropecuária empresarial e familiar no estado do Sul, depois de três anos enfrentando estiagens e enchentes, incluindo a calamidade histórica ocorrida em maio.

Para Ricardo Arioli, se o adiamento for para melhorar o Plano Safra com mais recursos e juros menores “e uma subvenção ao seguro rural decente, uma semana a mais é tolerável”. Resta saber, porém, se essa expectativa de melhora do Plano Safra realmente acontecerá.

A apreensão é evidente, pois, como o próprio Arioli disse: “Grandes expectativas podem gerar grandes decepções…”. Ele comenta sobre o assunto, que foi o principal da semana no ambiente do Agro.

Maconha no STF

Outro assunto polêmico da semana, mas que envolve toda a sociedade, é a decisão do Supremo Tribunal Federal liberando o porte de maconha para consumo próprio. Ou seja, qualquer pessoa pode carregar em seus bolsos maconha para uso recreativo, desde que não configure tráfico.

Ricardo Arioli comenta esse assunto polêmico que gera disgeusia ao ser digerido. “Será que esse tipo de decisão tornará nossa sociedade melhor? (…) Já ouvi alguns engraçadinhos dizendo que teremos um bolsa-erva”, questionou, ironizando.

Outros

Mais destaques do Momento Agrícola têm origem nos noticiários da semana no Brasil e no mundo. Os recordes na cotação do dólar – motivados pelas incertezas do mercado e por declarações “mal interpretadas ou inoportunas” do presidente Lula -, os preços da soja, o comportamento da Bolsa de Chicago, as compras de soja brasileira pela China e outros assuntos relevantes são comentados ainda no primeiro bloco.

Nos blocos subsequentes, o Momento Agrícola traz entrevistas sobre o Rally da Safra, realizado pela Agroconsult, com o diretor André Debastiani, discorrendo sobre a Safra de Soja 2023-2024 e as perspectivas para 2024-2025; o “Seguro Paramétrico”, com Clyve Fraisse, da Universidade da Flórida; e a “Soja de Baixo Carbono”, com Dra. Roberta Carnevalli, da Embrapa.

Para ouvir o Momento Agrícola na íntegra, clique no podcast abaixo ou acesse a Enfoque Rádio Web, na parte superior da página deste site. O programa vai ao ar aos sábados, a partir das 07h00, com reprise aos domingos, no mesmo horário.

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Agronegócio & Produção

Produção agrícola mecanizada em terras indígenas pode impulsionar o agro no Chapadão

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O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, anunciou na semana passada que o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) autorizou comunidades indígenas a desenvolver agricultura mecanizada e monocultura em seus territórios.

Em Mato Grosso, a decisão abre novas perspectivas para as etnias Paresi, Nambiquara e Manoki, da região de Campo Novo do Parecis, Sapezal e Tangará da Serra. A partir da autorização, as comunidades poderão cultivar soja e milho sem risco de multas ou embargos ambientais.

As lideranças indígenas comemoraram a medida. Entre elas está Arnaldo Zunizakae, presidente da Coopihanama, cooperativa que administra a produção agrícola das aldeias. Ele destacou que a decisão garante melhorias na qualidade de vida e contribui para a permanência dos povos em seus territórios.

Fávaro também ressaltou que, além da autorização do Ibama, os agricultores indígenas poderão acessar linhas de crédito do Plano Safra para financiar a produção.

Tangará da Serra

Em Tangará da Serra, as terras indígenas correspondem a 53% da área total do município, que possui aproximadamente 11,3 mil km². A maior é a Terra Indígena Pareci, onde estão localizadas as aldeias Katyalarekwa e Serra Dourada, a cerca de 125 quilômetros da área urbana. Já a Aldeia Formoso, integrante da Terra Indígena Rio Formoso, fica a 85 quilômetros do centro da cidade.

Parte das comunidades já produz grãos nessas áreas. O trabalho é acompanhado por programas de capacitação do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), que oferece cursos de operação e manutenção de máquinas agrícolas e de aplicação de herbicidas.

Em Campo Novo do Parecis, a 400 quilômetros de Cuiabá, a produção indígena já ocorre há 15 anos. Nas terras das etnias Manoki, Nambiquara e Paresi, mais de 17 mil hectares são destinados ao cultivo de grãos. Segundo as lideranças, 95% do tratamento da lavoura é feito sem agrotóxicos.

Potencial econômico

As reservas indígenas em Tangará da Serra somam cerca de 6 mil km², o equivalente a 600 mil hectares. Para efeito de comparação, o município conta atualmente com pouco mais de 176 mil hectares cultivados com soja e milho.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Produto Interno Bruto (PIB) de Tangará da Serra em 2021 foi de R$ 5,58 bilhões. Desse total, 25% — ou R$ 1,395 bilhão — correspondeu ao valor adicionado pela agropecuária.

Se apenas 10% da área indígena fosse destinada ao plantio — respeitando a reserva legal mínima de 35% no Cerrado — seria possível ampliar em quase 30% a área agrícola do município. Nesse cenário, considerando as produtividades da soja e do milho (respectivamente 66 sc/ha e 126 sc/ha) e as cotações atuais desses produtos, a agropecuária poderia acrescentar, somente na comercialização da safra, quase R$ 500 milhões ao PIB local, elevando-o para praticamente R$ 6 bilhões.

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