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Mato Grosso: Programa ‘Busca Ativa’ ajuda no retorno de crianças e adolescentes às escolas

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Um grupo de trabalho encabeçado pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e pela União dos Dirigentes Municipais de Educação (UNDIME) está mobilizado para o enfrentamento à evasão e ao abandono escolar no estado do Mato Grosso.

A mobilização envolve parcerias interinstitucionais para garantir a promoção do direito à educação de meninos e meninas mais vulneráveis nos 141 municípios mato-grossenses, por meio do projeto Busca Ativa Escolar.

Desde o início deste ano, 2,3 mil crianças e adolescentes que estavam fora da escola foram identificadas e acompanhadas pela estratégia.

Campanha de comunicação para rádios

Uma das ações realizadas na mobilização é a campanha de comunicação com spots destinados para emissoras de rádio do Estado. Esses áudios são de livre reprodução. Trazem mensagens de sensibilização e divulgam a estratégia da busca ativa.

Comunicador, faça parte do combate à evasão escolar no Mato Grosso. Baixe e utilize os spots em sua programação!

Busca Ativa Escolar

A Busca Ativa Escolar é uma metodologia social e uma ferramenta tecnológica gratuita que auxilia os municípios na identificação, registro, controle e acompanhamento de crianças e adolescentes em situação de evasão, abandono ou infrequência escolar. A plataforma possibilita ao Estado e aos municípios disporem de dados concretos para o planejamento, desenvolvimento e implementação de políticas públicas que contribuam para a garantia de meninos e meninas.

Para Cláudio Melo, gerente de projetos do Instituto Peabiru, uma das organizações responsáveis por mobilizar os municípios para execução da estratégia, a realização de capacitações fortalece o projeto nos municípios e reflete diretamente no uso da plataforma. “Ao longo do ano, realizamos 8 capacitações remotas e presenciais para implementação da estratégia e uso da plataforma. Temos 665 profissionais capacitados em 122 municípios do Estado de Mato Grosso. De agosto pra cá, os números cresceram bastante, saímos de 400 (re)matrículas para 2.300 em dezembro. Sabemos que cada número desse representa uma criança ou adolescente com seu direito à educação garantido. O sistema ainda ajuda o município a entender o próprio cenário da exclusão escolar”, declara.

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Os coordenadores operacionais da Busca Ativa Escolar são profissionais técnicos responsáveis por executar a estratégia no município e que têm amplo acesso à plataforma. Eles foram o principal público-alvo das capacitações. Em Nova Mutum (MT), a coordenadora operacional Márcia Alves, que participou de um dos encontros presenciais realizados em outubro, explica como a experiência proporcionou uma melhor compreensão sobre o sistema. “A capacitação estadual foi importante para ampliar os conhecimentos acerca da estratégia da Busca Ativa Escolar, do uso da plataforma que é um dos grandes desafios observados entre os participantes. Destaco ainda que foi importante também para a troca de experiências vivenciadas em cada município”.

O projeto conta com as parcerias estratégicas e regime de colaboração com o Instituto Peabiru, Tribunal de Contas (TCE), Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM), Associação Para Desenvolvimento Social dos Municípios do Estado de Mato Grosso, Secretaria de Estado de Educação (SEDUC), Conselho de Secretarias Municipais de Saúde (COSEMS), Colegiado Estadual de Gestores Municipais de Assistência social (COEGEMAS), e do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescentes (CEDCA – MT).

Segundo a oficial de educação e proteção do UNICEF, Nayana Góes, uma das responsáveis por acompanhar a implementação da Busca Ativa Escolar no Estado, a estratégia está sendo muito útil na resposta ao combate à evasão escolar. “Nós viemos de uma situação de exclusão e fracasso escolar que foi agravada pela pandemia e a gente tem a oportunidade, por meio da Busca Ativa Escolar, de apoiar os municípios para que eles avancem no direito à educação de cada menino e de cada menina em Mato Grosso”.

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Uma das vidas impactadas é da Júlia Valentina (11) que vive no município de Jaciara (MT). A menina tem paralisia múltipla e estava matriculada na rede de ensino municipal desde os 2 anos de idade. No entanto, em meados de 2019 a família se mudou para outra cidade e não realizou mais sua matrícula em nenhuma escola. Com a pandemia, a criança retornou à Jaciara, mas continuou em situação de evasão escolar.

Quando a equipe da Busca Ativa Escolar de Jaciara identificou Julia Valentina, começou uma mobilização intersetorial para garantir o seu retorno. “Conversamos com a família, falamos da necessidade da criança estar inserida em um ambiente inclusivo, que era seu direito estar na sala de aula, junto com seus pares, recebendo o que necessita”, explica a Ianara Tabosa, articuladora do Selo UNICEF e coordenadora da Busca Ativa Escolar em Jaciara. Hoje, a menina estuda com toda a estrutura que necessita para seu desenvolvimento, desde a sala de recursos até uma profissional de desenvolvimento infantil que a companha nas atividades.

Para a mãe, Vanessa Garcia, é muito bom ver a garota estudando. “A Júlia é uma menina muito inteligente. Ela se comunica com as crianças e eu acho isso muito bom. Fico feliz em vê-la vindo para a escola porque se desenvolve bastante”, declara.

Fonte: Brasil 61

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Homicídios aumentaram em 53 cidades de Mato Grosso, segundo levantamento

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Mato Grosso tem taxa de homicídio de 22,31 a cada 100 mil habitantes, maior que a nacional, que ficou em 17,91%.

Foram 856 mortes em 2024, redução de 1,95% em comparação com 2023, quando foram 873 mortes.

Mesmo com essa redução, um dado chama a atenção: 53 cidades do Estado, correspondente a 37% dos municípios, registraram aumento de crimes desta natureza.

Crescimentos que variam de 100% a 400%, como é o caso de Ribeirão Cascalheira.

Os dados são do painel do Ministério da Justiça, alimentados pelas secretarias de Segurança dos estados.

No Estado, por dia morrem duas pessoas vítimas de homicídios, do total de registros em 2024, 793 das vítimas eram homens.

De acordo com o levantamento, entre as cidades que mais registraram aumentos nos dois últimos anos está Alto Garças, que foi de três para oito mortes, variação de 166,67%.

Com o mesmo percentual aparece Campo Novo do Parecis, saindo de seis registros em 2023 para 16 em 2024.

Confresa aumentou em 125%, saindo de quatro para nove mortes.

Vila Bela aumentou 118,75%, de 16 para 35 mortes, Aripuanã foi de oito para 17 mortes, aumento de 112,50%, Pontes e Lacerda saiu de 18 para 38 homicídios, 111,11%.

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Os maiores crescimentos foram registrados em Canarana, que saiu de três para nove homicídios, crescendo em 200%.

Lambari D’Oeste aumentou em 300% os registros, saindo de um para quatro.  Terra Nova do Norte também aumentou na mesma proporção e quantidade de mortes. Por fim, Ribeirão Cascalheira, que saiu de uma para cinco mortes, aumento de 400%.

(Sapicuá RN)

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