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Agronegócio & Produção

Marco Temporal, cancelamento de agroquímicos, o poluído Sena e entrevistas são destaques

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As principais notícias da semana ligadas ao Agro, o Marco Temporal de volta, os defensivos cancelados, a sujeira do rio Sena (“medalha de ouro” nas Olimpíadas), carne vegetal (que não é carne), o “tratoraço” no Rio Grande do Sul e outros assuntos de relevância integram o conteúdo do Momento Agrícola deste sábado (10.08).

De autoria do produtor rural, agrônomo e consultor Ricardo Arioli, o Momento Agrícola é um programa veiculado aos sábados pela rede de rádios do Agro – entre elas a Enfoque Rádio Web – e repercutido em forma de notícias e com podcast Soundcloud pelo Enfoque Business, também aos finais de semana.

Marco Temporal (De novo!)

O tema de abertura do Momento Agrícola é um assunto que volta à baila no Supremo Tribunal Federal (STF). O Marco Temporal das terras indígenas, que torna passíveis de transformação em áreas de reserva os territórios que os povos originários ocupavam ou lutavam até a data em que foi promulgada a Constituição Federal, em outubro de 1988.

Mendes defendeu nessa semana ser necessário “disposição política” e um “novo olhar” para tentar resolver o impasse em torno do tema.

O ministro Gilmar Mendes, relator das ações sobre a tese do marco temporal das terras indígenas no Supremo Tribunal Federal (STF), defendeu nessa semana ser necessário “disposição política” e um “novo olhar” para tentar resolver o impasse em torno do tema. “Até quando nossa sociedade conviverá com essas feridas abertas que não se resolvem?”, indagou o ministro da suprema corte.

Ricardo Arioli comenta a respeito dessa polêmica que parece não ter fim e traz reflexões importantes sobre o tema, ainda no primeiro bloco.

Outras

O cancelamento de 177 registros de agroquímicos em 2023 é outra pauta do Momento Agrícola deste sábado.

Também integram as abordagens do programa o quase letal nível de poluição do rio Sena, na França. As águas do rio francês, incrivelmente poluídas, já causaram efeitos nefastos na saúde de ao menos três atletas que disputam as Olimpíadas de Paris.

Para se ter uma noção do grau de podridão do Sena, dez dias antes do início das Olimpíadas a própria prefeitura de Paris revelou que níveis de material fecal aumentaram em 10 vezes nas águas onde há disputas de natação e triatlo.

A França e as suas contradições chamam atenção do mundo inteiro e se escancaram nos jogos olímpicos. Da história mal contada da Revolução Francesa à hipocrisia e falsidade ideológica dos franceses quanto ao meio ambiente, o país de Emmanuel Macron nada pode fazer a não ser abrir um sorriso amarelo diante dos holofotes do mundo. “Medalha de Ouro para o rio Sena (…) A ‘gloriosa’ França, que não consegue nem limpar o seu principal rio, quer vir dar pitacos aqui no Brasil a respeito de produção sustentável”, observa Ricardo Arioli.

O segundo bloco do Momento Agrícola também traz notícias comentadas, enquanto o terceiro e o quarto trazem a entrevista sobre “A previsão de Safra de Soja 24-25 do IMEA”, com Cleiton Gauer; e mais notícias internacionais comentadas.

Para ouvir o Momento Agrícola na íntegra, clique no podcast abaixo ou acesse a Enfoque Rádio Web, na parte superior da página deste site. O programa vai ao ar aos sábados, a partir das 07h00, com reprise aos domingos, no mesmo horário.

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Agronegócio & Produção

Produção agrícola mecanizada em terras indígenas pode impulsionar o agro no Chapadão

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O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, anunciou na semana passada que o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) autorizou comunidades indígenas a desenvolver agricultura mecanizada e monocultura em seus territórios.

Em Mato Grosso, a decisão abre novas perspectivas para as etnias Paresi, Nambiquara e Manoki, da região de Campo Novo do Parecis, Sapezal e Tangará da Serra. A partir da autorização, as comunidades poderão cultivar soja e milho sem risco de multas ou embargos ambientais.

As lideranças indígenas comemoraram a medida. Entre elas está Arnaldo Zunizakae, presidente da Coopihanama, cooperativa que administra a produção agrícola das aldeias. Ele destacou que a decisão garante melhorias na qualidade de vida e contribui para a permanência dos povos em seus territórios.

Fávaro também ressaltou que, além da autorização do Ibama, os agricultores indígenas poderão acessar linhas de crédito do Plano Safra para financiar a produção.

Tangará da Serra

Em Tangará da Serra, as terras indígenas correspondem a 53% da área total do município, que possui aproximadamente 11,3 mil km². A maior é a Terra Indígena Pareci, onde estão localizadas as aldeias Katyalarekwa e Serra Dourada, a cerca de 125 quilômetros da área urbana. Já a Aldeia Formoso, integrante da Terra Indígena Rio Formoso, fica a 85 quilômetros do centro da cidade.

Parte das comunidades já produz grãos nessas áreas. O trabalho é acompanhado por programas de capacitação do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), que oferece cursos de operação e manutenção de máquinas agrícolas e de aplicação de herbicidas.

Em Campo Novo do Parecis, a 400 quilômetros de Cuiabá, a produção indígena já ocorre há 15 anos. Nas terras das etnias Manoki, Nambiquara e Paresi, mais de 17 mil hectares são destinados ao cultivo de grãos. Segundo as lideranças, 95% do tratamento da lavoura é feito sem agrotóxicos.

Potencial econômico

As reservas indígenas em Tangará da Serra somam cerca de 6 mil km², o equivalente a 600 mil hectares. Para efeito de comparação, o município conta atualmente com pouco mais de 176 mil hectares cultivados com soja e milho.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Produto Interno Bruto (PIB) de Tangará da Serra em 2021 foi de R$ 5,58 bilhões. Desse total, 25% — ou R$ 1,395 bilhão — correspondeu ao valor adicionado pela agropecuária.

Se apenas 10% da área indígena fosse destinada ao plantio — respeitando a reserva legal mínima de 35% no Cerrado — seria possível ampliar em quase 30% a área agrícola do município. Nesse cenário, considerando as produtividades da soja e do milho (respectivamente 66 sc/ha e 126 sc/ha) e as cotações atuais desses produtos, a agropecuária poderia acrescentar, somente na comercialização da safra, quase R$ 500 milhões ao PIB local, elevando-o para praticamente R$ 6 bilhões.

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