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Manipulação de indicadores e crise interna desgastam IBGE e podem refletir no mercado

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O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística vive uma crise interna gerada por uma postura governamental que pode ser classificada como politicagem.

Divergências internas, autoritarismo e falta de diálogo são apenas alguns dos fatores que acenderam uma crise em torno do presidente do IBGE, Márcio Pochmann. Tal fato, na avaliação do cientista político, Antônio Flávio Testa, pode desgastar a imagem da instituição, sobretudo no aspecto político nacional.

A crise interna vivenciada pelo IBGE já reflete na divulgação de dados importantes para a economia e para a tomada de decisão por investidores. Para se ter uma ideia, a última publicação de dados oficiais referentes ao Produto Interno Bruto (PIB) foi em 2021. Ou seja, o IBGE está com seus trabalhos atrasados. Por prática de politicagem!

“O atual presidente foi designado para presidir aquela instituição, que é uma das poucas instituições de alta credibilidade no Brasil, para favorecer o discurso político do presidente Lula. Evidentemente, isso gerou uma crise interna entre os técnicos e agora o atual presidente tenta manipular parceiros do PT, determinados sindicatos e outros aliados para poder referendar suas ações que estão colocando, de fato, a credibilidade da instituição em risco”, considera.

A opinião corrente é que Pochmann foi designado para fazer o IBGE favorecer o discurso político do atual presidente.

O presidente do Sindicato dos Economistas de São Paulo, Carlos Eduardo Oliveira Jr., entende que o IBGE é o principal órgão estatístico do país há décadas e que a crise Pochmann não deveria comprometer a imagem da instituição. No entanto, ele entende que esse cenário cria incertezas, inclusive, em meio a investidores.

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“Quando há uma incerteza com relação à transparência e precisão de dados pode ocorrer uma fragmentação do mercado, fazendo com que essas empresas procurem outros atores. Isso acaba impactando também em relação à credibilidade porque, às vezes, surgem alguns atores que não têm a mesma credibilidade e a mesma técnica utilizada pelo IBGE”, pontua.

Fator IBGE +

O principal ponto que fez com que a crise estourasse de vez foi a criação da Fundação de Apoio à Inovação Científica e Tecnológica do IBGE (IBGE+), cujo estatuto dava margem para a captação de recursos privados, fora do orçamento do instituto. Servidores alegavam que o projeto foi desenvolvido de modo obscuro, sem consulta ao corpo técnico. Críticos à medida até apelidaram a estrutura de “IBGE paralelo”. Segundo a de gestão Pochmann, o estabelecimento da fundação era necessário em função de restrições de verba.

Em comum acordo com o IBGE, o Ministério do Planejamento e Orçamento suspendeu temporariamente a iniciativa da IBGE +, com o intuito de amenizar a crise. No entanto, as críticas a Pochmann continuam no instituto. Após a suspensão, o sindicato nacional dos servidores do IBGE (ASSIBGE), considerou a medida uma vitória, mas pede à direção do instituto que esclareça o que efetivamente quer dizer com “suspensão temporária”.

Na avaliação do cientista político Murilo Medeiros, a crise coloca em “em xeque” a credibilidade histórica do IBGE. Segundo ele, caso a situação não seja contornada rapidez, a instabilidade pode afetar pesquisas essenciais para o Brasil, como dados demográficos, geográficos e econômicos.

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“O IBGE, principal fornecedor de estatísticas do país, é fundamental para a execução das políticas públicas. A crise só deteriora a confiança no trabalho desenvolvido pela instituição, amplificando fofocas sobre o risco de ingerência política e manipulação de indicadores”, destaca.

O cientista político Eduardo Grin, por sua vez, entende que, apesar de toda a repercussão, a credibilidade do IBGE não será afetada, dado o peso de confiança que a instituição gerou ao longo dos últimos anos.

“A crise do IBGE é uma crise do IBGE. Isso não vai ter efeito na política do país. Isso poderá afetar um pouco a imagem do governo junto aos servidores públicos, eventualmente poderá afetar a imagem do governo junto a formadores de opinião que usam de dados do IBGE, que é meu caso, como pesquisador, mas isso é muito pequeno para ter dimensão de uma crise governamental”, afirma.

Carta aberta

Em janeiro, profissionais da área de comunicação do IBGE publicaram uma carta aberta contendo termos contra a atual gestão do instituto. O documento foi assinado por cerca de 29 funcionários, que abriram possibilidade de servidores de outros departamentos, e ex-funcionários, também assinarem. Trata-se da terceira carta aberta contra atual gestão do IBGE no primeiro mês do ano.

Nesta última, há acusação de que a atual gestão é “autoritária”. Além disso, alegam que há descumprimento da política de comunicação do IBGE. A categoria também critica o afastamento de servidores de carreira da área, que estariam sendo substituídos em suas funções por assessores nomeados pelo atual presidente.

(Redação EB, com Brasil 61)

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Temperatura volta a cair na sexta em Tangará; nova frente fria prevista para final do mês

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Os termômetros voltarão a cair a partir da madrugada entre quinta e sexta-feira próximas em Tangará da Serra e boa parte de Mato Grosso. A previsão é dos sites especializados em meteorologia, como o Climatempo.

Segundo o portal, as mínimas previstas caem de cerca de 14 °C nesta quarta-feira (16) para cerca de 12 °C na madrugada de quinta para sexta-feira. A máxima não deverá superar os 28 °C no último dia útil da semana. Essa leve friagem se estenderá no fim de semana, com mínimas na faixa dos 12 °C nas noites de quinta e sexta, e máximas diurnas entre 24 °C e 28 °C .

Queda na temperatura deverá ser observada na madrugada de quinta para sexta-feira.

Meteorologistas apontam que essa queda de temperatura é resultado da chegada de uma incursão de ar mais frio, ainda que sem a formação de uma frente fria organizada. No entanto, o padrão de friagem — característico da Amazônia e Centro‑Oeste no inverno — está em curso, influenciado por fluxos de massa polar via Bacia do Paraguai.

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Nova friagem

A próxima quinta-feira marcará o início de uma fase mais fria na região de Tangará da Serra, com friagem característica do inverno regional. E os efeitos dessa fase poderão ser sentidos ao longo das próximas duas semanas.

As projeções indicam a possibilidade de uma nova frente fria, mais intensa, entre os dias 29 e 31 de julho, com chance de leve chuvisco e certa instabilidade antes da incursão do ar frio. Embora ainda sem confirmação total, essa previsão deriva de tendências observadas no modelo de 15 dias do Climatempo e corroboradas pelo AccuWeather, que indica queda gradual nas máximas após o dia 29.

Atenção necessária

  • Quinta (17/7): queda térmica já desde a madrugada, com mínimas caindo para ~12 °C e máximas entre 26–28 °C.
  • Sexta e sábado: continuidade da friagem, sem perspectiva de chuva significativa.
  • Final de julho: atenção para possível frente fria com leve instabilidade entre os dias 29 e 31, com nova queda nas temperaturas e chance de chuviscos.

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