Para o engenheiro civil e coordenador do Escritório da Agenda Regional Oeste de Mato Grosso (ARO-MT) em Cáceres, Adilson Reis, a conexão da MT-343 com as duas BRs (070 e 174) envolverá trechos do perímetro urbano da cidade, como as avenidas Ramires e Jony Oliveira Fontes. “Seria uma extensão da MT-343, favorecendo a ZPE e as ligações para os portos de Paratudal e Barranco Vermelho”, observou o engenheiro, que também é diretor técnico da ZPE.

Adílson Reis, da ARO: “Teremos uma agilização dos processos licitatórios para sinalização e dragagem do rio Paraguai”.
Na prática, a conexão entre a rodovia estadual e as duas rodovias federais desencadeará um processo de aceleração das obras dos terminais portuários de Paratudal e Barranco Vermelho, que encontram em vias de obtenção dos respectivos termos de adesão a serem assinados pelo Ministério da Infraestrutura (MINFRA). “Com isso, teremos uma agilização dos processos licitatórios para sinalização e dragagem do rio Paraguai, viabilizando a hidrovia entre Cáceres e Corumbá”, considerou Adílson Reis.
O coordenador da ARO-MT em Cáceres projeta que a viabilização do trajeto hidroviário entre Cáceres e Corumbá (MS) – denominado pelo MINFRA como ‘tramo norte’ da Hidrovia do Rio Paraguai – será uma importante conexão com um sistema maior. “A partir daí, nossa região fará parte da Hidrovia Paraná-Paraguai, que levará nossos produtos até Nueva Palmira, no Estuário do Prata, no Uruguai. Ou seja, teremos uma via de escoamento para exportação de baixo custo e que agregará valor, contribuindo de forma decisiva para o desenvolvimento da região”, previu Adílson Reis.
Conexão Tangará

MT-339, entgre Tangará e Panorama, será importante via de escoamento na região.
O sistema de integração logística da macrorregião oeste-sudoeste de Mato Grosso não se limita à MT-343 e suas conexões com as BRs 070 e 174. Há, também, uma integração importante representada pela MT-339, que liga a região do polo Tangará da Serra ao oeste.
O engenheiro civil e economista Silvio Tupinambá responde pelo escritório da Agenda Regional Oeste em Tangará da Serra. Em maio, ele entregou pessoalmente ao governador Mauro Mendes um relatório técnico elaborado pela ARO-MT sobre as demandas logísticas e as potencialidades da macrorregião oeste-sudoeste. “Ele (o governador) sabe das nossas demandas”, garantiu.

Tupinambá entrega ofício com relatório técnico a Mendes: “O governador sabe das nossas demandas”.
Segundo Tupinambá, a pavimentação da MT-339 será crucial para macrorregião, já que interliga a ‘hinterland’ formada por uma região de alta produção agropecuária. “A MT-339 capta cargas de Tangará da Serra e todo o Chapadão do Rio Verde, Campo Novo do Parecis, Brasnorte, além do distrito de Deciolândia, em Diamantino. Esta região produz soja, milho e algodão em grande escala, carnes bovina e de frango, além de etanol de milho e DDG”, citou.
Para o engenheiro e economista, as regiões polarizadas por Cáceres e Tangará da Serra devem ser pensadas como uma única grande macrorregião, de alto potencial produtivo e que, num futuro próximo, representará uma grande parcela do produto interno bruto (PIB) estadual. “São 30 municípios que entrarão no mesmo embalo de crescimento quando esse sistema logístico intermodal rodoviário e hidroviário estiver em operação”, concluiu.