As temperaturas no país vão continuar acima da média histórica até junho. A previsão é do INPE, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais. O motivo é o El Niño, um fenômeno climático que acontece quando a temperatura do Oceano Pacífico na faixa do Equador fica meio grau, ou mais, acima do normal.

Mas, segundo a meteorologista do INPE, Caroline Vidal, o El Niño deve perder força a partir de agora. “A previsão para junho e julho é que o El Niño se descaracterize totalmente. E a previsão para o Brasil em relação à temperatura é que há maior probabilidade de temperaturas acima da média ainda em praticamente todo o país”, apontou.

Caroline também destacou como ficam as chuvas no país até junho. “Nós temos maior probabilidade de chuvas acima da média nos setores Norte, Leste e Sul do Brasil. E na faixa central do país, pegando aí estados da região Sudeste, da região Centro-Oeste e também entre o Amazonas, o Acre e Rondônia, maior probabilidade de chuvas abaixo da média para esse trimestre”.

A meteorologista explica que para o segundo semestre o que se espera é a formação de um outro fenômeno climático. “A previsão é de maior probabilidade de uma caracterização de um evento de La Niña no segundo semestre deste ano, que seria o oposto do El Niño, então ao invés do aquecimento das águas do Pacífico, seria um resfriamento das águas do Pacífico, que também influencia o regime de chuvas e temperatura em parte do nosso país”, explicou.

Segundo o INPE, a La Niña pode provocar no Brasil chuvas abaixo da média no Sul e intensas no Norte e Nordeste, com queda nas temperaturas.

(Agência Brasil)