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Agronegócio & Produção

Implantação da cultura do Cacau em Tangará da Serra será tema de evento no Sindicato Rural

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O município de Tangará da Serra poderá ganhar uma nova cultura agrícola. A produção de cacau, que pode representar uma importante alternativa de renda para a agricultura familiar, será tema de evento realizado pelo Sindicato Rural, no Parque de Exposições, no próximo dia 22 (sábado).

Sindicato Rural sediará o evento do próximo dia 22.

A palestra contará com a participação de Chiquinho do Cacau, profissional da área técnica e grande conhecedor da cultura cacaueira no Brasil. Ele, que tem sua base de Jaru (RO), repassará informações sobre variedades e os tratos culturais em geral.

De acordo com o presidente do Sindicato Rural de Tangará da Serra, Romeu Ciochetta, o cacau poderá surpreender tanto em produtividade como em rentabilidade. “Com um bom planejamento, o município poderá ter na lavoura cacaueira uma nova vocação produtiva, com vantagens principalmente para a agricultura familiar”, observou.

Chiquinho do Cacau estará presente no evento do próximo dia 22, no Sindicato Rural de Tangará da Serra.

As palestras também versarão sobre a viabilidade da implantação da lavoura cacaueira, manejo, adubação, irrigação, colheita e comercialização. Outros temas abordados serão enxertia, produção consorciada com mandioca e banana, além do uso da cama de aviário na adubação e produção sustentável para agricultura familiar.

O evento é organizado dentro do contexto da estratégia Produzir, Conservar e Incluir (PCI) através de parceria do próprio Sindicato Rural com os poderes públicos municipal (prefeitura e secretarias municipais de Agricultura – SEAPA – de Meio Ambiente – SEMMEA) e estadual (EMPAER e secretarias de Estado de Agricultura Familiar – SEAF – e de Meio Ambiente – SEMA). O Sistema Famato, através do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR), também participará, como agente fomentador.

 

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Agronegócio & Produção

Biológicos: Sustentabilidade, controle de doenças e pragas, resistência e nutrição

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Os produtos biológicos já tem o reconhecimento da classe produtora e seu uso tem apresentado grande crescimento no Brasil. São muitas as vantagens para a agricultura, como a proteção das lavouras, melhoria da qualidade do solo e redução do impacto ambiental.

Durante o Dia de Campo realizado na Fazenda Matão, no último sábado (25), o engenheiro agrônomo Charles Bonazza, gerente comercial da Bio Cerrado Solutions, confirmou a meta de consolidar os bioinsumos como referência na produção. “Nosso objetivo é estabelecer um critério o mais sustentável possível, sempre alinhando produtos biológicos para controle de doenças e pragas, e indutores de resistência aliados à nutrição”, afirmou.

Charles Bonazza: Com biológicos, sustentabilidade no controle de doenças e pragas, e indutores de resistência aliados à nutrição.

Charles observa que o manejo da lavoura com biológicos faz com que a planta tenha uma imunidade maior, criando uma autodefesa contra pragas e doenças, consistindo num modelo mais regenerativo e representando ganhos para o produtor. “A ideia é trazer para o produtor um conceito onde ele consiga ter uma visão de médio e longo prazo para reduzir a carga de químicos na planta e no solo e, consequentemente, ter em sua lavoura um benefício maior ao longo do tempo, mais sustentável e com produtividades maiores, sem agredir o meio ambiente. Essa é a ideia maior da Bio Cerrado”, disse.

Produtividade

A redução de custos e ganhos na produtividade é a pauta principal do uso de produtos biológicos. A Bio Cerrado pretende confirmar essa pauta na área cultivada com soja na Fazenda Matão, que está próxima da colheita.

Trabalhos da Bio Cerrado na Fazenda Matão visam combinar redução de custos com aumento de produtividade.

“Temos isso como base nos nossos protocolos aqui mesmo, dentro da Fazenda Matão, onde temos estabelecido um manejo em que os resultados são melhores ou iguais ao padrão químico, mas com redução de custo. Ou seja, partimos de uma ideia onde você vai ter uma redução nos custos, mas apostamos também no incremento de produtividade. Isso é notório pelo visual de planta que a gente já tem, com resultados para divulgar já nos próximos 15 dias. A ideia, obviamente, é trazer lucro para o produtor”.

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Retorno

Muito embora ainda não se tenha um “ROI” (retorno sobre investimento) delineado, a expectativa com os resultados do uso dos biológicos é a melhor possível.

Charles Bonazza aposta em números que pontam para uma redução de 10% a 15% no custo dos insumos e um incremento de 10% a 15% na receita. “Ou seja, a gente tem uma proporção mais elástica em relação à utilização dos bioinsumos, mas trabalhamos no sentido de avançar mais na pesquisa, aliando mais produtos pensando no que podemos trazer de benefício maior, considerando o solo… aí a gente já começa a olhar diferente para esse talhão. A questão é: Teremos um resultado progressivo em três anos? É isso que veremos nos próximos ciclos, agora no milho, depois na safra de soja 2025-26”, esclareceu.

Procedimentos

A pesquisa é fundamental nesse momento em que a produção se depara com extremos climáticos e a agressividade de doenças e pragas. Nesse aspecto, o diretor técnico da Bio Cerrado, Carlos Alberto Pasquini, confirma que o produtor precisa valorizar as tecnologias disponíveis. “É preciso compreender que a pesquisa é fundamental e que é salutar prestar atenção na tecnologia, que é o resultado de todo esse trabalho”, observou, durante a palestra que concluiu o Dia de Campo do último sábado.

Pasquini, diretor da Bio Cerrado: “É preciso compreender que a pesquisa é fundamental e que é salutar prestar atenção na tecnologia”.

Charles Bonazza, por sua vez, destaca as inovações nos procedimentos e na própria pesquisa de campo. “Isso é no longo prazo também, no mesmo lugar fazendo análise de biota de solo, fazendo análise de planta e, agora, também, num conceito regional mais novo que é a análise de seiva”.

O gerente comercial da Bio Cerrado passa uma noção de como é feito esse trabalho. “Estabelecemos uma nutrição com base na seiva da planta naquele momento e, aí, trabalhamos na nutrição um dia ou dois dias depois, observando cálcio, potássio, nitrogênio… isso é uma pegada diferente, mais tecnológica”.

Expectativa

O uso dos biológicos tem crescido muito nos últimos anos, mas ainda há um caminho a ser percorrido para consolidar o uso dos biológicos na produção. “Percebemos que o produtor ainda espera algo que feche essa lacuna, que seria controle de doenças e pragas somente com bioinsumos. Hoje o bioinsumo é um aliado ao químico, mas entendemos ser um bom começo, nesse start, e temos observado uma crescente ao longo dos últimos cinco ou seis anos, com as empresas de bioinsumos e uma aceitação cada vez maior pelo produtor”, concluiu Charles Bonazza.

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