As regiões Centro-Sul e Sudoeste do estado receberão investimentos do governo do Estado em estradas não pavimentadas na ordem de R$ 15 milhões. A ordem de serviço foi assinada na última quarta-feira (02/12) pelo governador Mauro Mendes, que autorizou assinatura de convênio com o Consórcio de Desenvolvimento da Região do Alto Paraguai.
De acordo com o convênio – que envolve a Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (Sinfra-MT) -, serão recuperados 461 quilômetros de estradas não pavimentadas, com trechos nas MTs 358, 160, 235, 249, 448, 488 e 343, contemplando os municípios de Tangará da Serra, Nortelândia, Campo Novo do Parecis, Nova Maringá e São José do Rio Claro. Os trabalhos incluem a substituição de três pontes de madeira por estruturas de concreto.
A ENPA Engenharia é a empreiteira contratada para os serviços e já mobiliza equipes e maquinários. O primeiro município a ser atendido será Nortelândia, com a sequência por Tangará da Serra, Campo Novo do Parecis, Nova Maringá e São José do Rio Claro.

O ato de assinatura do convênio contou com as presenças do presidente da MT Par, Wener Santos (na foto, ao fundo), e do presidente do Consórcio de Desenvolvimento da Região do Alto Paraguai, Jossimar José Fernandes, popular Zema, prefeito de Nortelândia.
Um dos articuladores do convênio, o presidente da MT Par, Wener Santos, destacou a participação do ex-senador e empresário da região Cidinho Santos junto ao governo do Estado para a viabilização das obras. “O Cidinho sempre defendeu estas demandas, conseguiu viabilizar para o consórcio e, assim, atender essas MTs não pavimentadas. São estradas com grande escoamento de grãos e outros produtos e, por isso, são as que mais sofrem na época da chuva”, enfatizou Wener.
Segundo Wener Santos, os trabalhos seguirão pelos próximos seis meses. “Vamos conseguir ajudar agora, durante as chuvas e, no final, dar uma repassada e deixar tudo pronto”, completou.
Chapadão
Um dos trechos que será atendido pelos trabalhos de recuperação é a MT-358, em Tangará da Serra, no trecho localizado no Chapadão do Rio Verde, que antigamente compunha o traçado da BR-364.
Segundo produtores locais, as más condições de trafegabilidade no trecho resultam em grandes prejuízos ocasionadas por atoleiros e pela necessidade de reparos emergenciais por conta dos próprios usuários. Com isso, também há atrasos na saída das carretas para escoamento, além de perdas aos caminhoneiros em razão dos dias parados e despesas mecânicas.
As principais culturas no Chapadão do Rio Verde são soja, milho e algodão, cujas lavouras ocupam cerca de 120 mil hectares. As demais culturas são arroz, girassol, milho pipoca e feijão, que somam perto de oito mil toneladas, além da produção de cinco hectares de eucalipto e 10 mil cabeças de gado.
Para se ter uma ideia, há quatro anos (2016), o faturamento com a safra na região do Chapadão passou dos R$ 500 milhões, gerando uma arrecadação de R$ 7,4 milhões com o Fundo Especial para o Transporte e Habitação (Fethab), sem contar o transporte de gado. A atividade produtiva na localidade resulta em aproximadamente 1.000 empregos diretos.