Tangará da Serra somou 915 casos de dengue até 30 de abril deste ano. O número é quatro vezes maior (438%) em comparação com 2021, cujos registros somaram 170, segundo dados da Secretaria Municipal de Saúde.
Segundo a secretária municipal de Saúde, os números da dengue nos primeiros quatro meses deste ano são casos confirmados e, portanto, não se resumem em notificações submetidas a análise. O pico do quadrimestre foi verificado em março com 491 casos.
Ainda segundo a Secretaria Municipal de Saúde, neste ano não há, por enquanto, registros de casos de zika e chikungunya no município.
Números da SES-MT
Contudo, os registros do município apresentam números divergentes dos apresentados pela Secretaria de Estado de Saúde. Segundo a pasta estadual, onde o acumulado aponta para 482 casos na semana epidemiológica de 01 a 17. Pela SES-MT, Tangará da Serra ocupa o 9º lugar entre os municípios sob risco alto e com maior incidência de dengue no estado, sendo superada em número de casos por Sinop (1.685), Nova Mutum (1.569), Sorriso (1.504) Lucas do Rio Verde (1.379), Querência (711), Alta Floresta (519), Campo Novo do Parecis (493), Barra do Garças (583).
Nas três maiores cidades do estado, os números são menores. Na capital, os casos apontados pela SES-MT somam 433, enquanto em Várzea Grande são 100 casos confirmados. Em Rondonópolis, no Sudeste do MT, os casos acumulados em 30 de abril, segundo a SES-MT, somam 84.
Por outro lado, os números de 2022 em Tangará da Serra ainda são menores que os de 2020, quando os casos de dengue somaram 1.209 no primeiro quadrimestre, com pico sendo o mês de fevereiro, com 484 casos confirmados.
Mutirão

Diante do aumento no número de casos, agentes de saúde visitam domicílios para orientar e detectar criadouros.
Diante da alta nos números da dengue no município, a prefeitura local, através da Vigilância Ambiental da Secretaria Municipal de Saúde, realiza mutirão de combate à dengue nos bairros Altos Tarumã, Parque Tarumã e Jardim Bela Vista, como parte da campanha Tangará contra a doença.
O objetivo é eliminar criadouros do mosquito aedes aegypti, iniciando nesses bairros que concentram um alto índice de infestação do mosquito e muitos casos notificados da doença. Para isso, o mutirão é dividido em três etapas, sendo a primeira realizada com a visita dos agentes comunitários, levando orientação aos moradores sobre os perigos das doenças transmitidas pelo mosquito e pedindo para que a comunidade participe do mutirão.
Já a segunda etapa fica por conta do morador, que deverá recolher todos os materiais e entulhos e deixá-los em frente às suas casas. Nesta segunda (23) e amanhã (terça,24), ocorre a última etapa, com as equipes da Secretaria Municipal de Infraestrutura (Sinfra) e voluntários da Defesa Civil fazendo o recolhimento.