A nascente 060 da bacia do rio Queima Pé, na zona rural de Tangará da Serra (área vizinha ao Clube de Caça e Tiro), foi palco na manhã desta terça (19) para o lançamento do projeto Cultivando Água Boa, realizado em parceria entre Instituto Pantanal Amazônia de Conservação e o Rotary Club Tangará da Serra Cidade Alta.
O objetivo do projeto é reabilitar as nascentes degradadas das bacias dos rios Queima Pé e Ararão e, também, assegurar a conservação das mesmas. Vale lembrar que os dois rios são fundamentais para abastecimento de água do aglomerado urbano de Tangará da Serra (no caso específico do Queima Pé) e para recepção da água residual do tratamento de efluentes da cidade, no caso do rio Ararão.
Educação ambiental na base: alunos e rotarianos interagiram em trabalhos de preservação e conservação de nascente.
O evento contou com a presença de alunos do ensino fundamental das escolas Décio Burali, Fábio Diniz Junqueira e Avance. Compondo o conjunto de autoridades, marcaram presença o prefeito Vander Masson, o governador do Distrito 4440 do Rotary International, Jânio Bonfochi, e o governador assistente para a região 05 do Distrito, Fernando Lamonier Paim. O vereador Professor Sebastian representou a Câmara Municipal.
Projeto e ações
O projeto Cultivando Água Boa foi idealizado em Tangará da Serra pelo Rotary Club Tangará da Serra Cidade Alta, em parceria com o Instituto Pantanal Amazônia de Conservação (IPAC). Conta com o apoio do poder público municipal (Prefeitura e Câmara), Sema-MT, Ministério Público, além da iniciativa privada e dos Rotary Águas do Sepotuba, Tangará da Serra e Centro.
Governador do Distrito 4440 do Rotary, Jânio Bonfochi, fala sobre preservação ambiental em contato direto com alunos.
Para recuperar e conservar a nascente 060, os trabalhos incluem a alteração do traçado da estrada que passa na localidade, abrindo espaço para a área de domínio do manancial, num raio de 50 metros. Toda a área receberá 1.500 mudas de espécies nativas, já havendo plantio de parte delas pelos alunos presentes no evento, na manhã desta terça. Os alunos também receberam orientações sobre a importância da preservação dos corpos d’água.
Além do plantio de mudas de árvores, foram abertas junto às margens da estrada várias caixas de contenção de águas pluviais, que por sua vez receberam dispositivos denominados intensificadores de recargas, que permitem a infiltração da água das chuvas no lençol freático.
As ações são coordenadas pelo presidente do Rotary Club Cidade Alta, Vitor Azarias Campos, com participação de representantes do IPAC e das secretarias municipais de Infraestrutura, Meio Ambiente e Agricultura, além do Serviço Autônomo municipal de Água e Esgoto (Samae).
O projeto Cultivando Água Boa já catalogou cerca de 130 nascentes das bacias dos rios Queima Pé e Ararão, a grande maioria com índices acima de 70% de degradação. Todas estas nascentes estão incluídas na agenda de trabalhos do programa.
Um grupo de 40 alunos da escola municipal Décio Burali e da especial Raio de Sol (APAE) participaram na manhã desta sexta-feira (20), em Tangará da Serra, de evento alusivo ao Dia da Árvore (a ser comemorado amanhã, dia 21). A organização foi do Instituto Pantanal Amazônia de Conservação (IPAC) e do Centro de Pesquisa do Pantanal, tendo por local a Fazenda Nossa Senhora Aparecida, entre o Anel Viário e o bairro Alto da Boa Vista.
(assista vídeo ao final do texto)
Área foi atingida por incêndio em agosto.
O evento foi realizado no contexto do projeto Cultivando Água Boa, do IPAC, e teve como parceiros o Rotary Club Tangará da Serra Cidade Alta, a Hiper Gotardo e o Comitê da Bacia Hidrográfica do rio Sepotuba (CBH Sepotuba). Participaram, também, a Unemat, Sicredi, ALD e Biomas Soluções Ambientais. O apoio foi da 7a Vara Federal Criminal de Mato Grosso.
Evento ocorreu na manhã desta sexta (20.09).
Na localidade verte a nascente do córrego Cristalino, um dos 14 mananciais que compõem a área de cabeceiras do rio Queima Pé, principal fonte abastecedora de água para a cidade de Tangará da Serra. O manancial foi atingido por um incêndio ocorrido em agosto, consumindo todas as mudas plantadas ano passado, em evento similar.
Alunos participaram de atividades de preservação, educativas e de interação.
Segundo o representante do IPAC, Vitor Azarias Campos, as atividades preservacionistas também tiveram cunho educativo e informativo, com conteúdo voltado às crianças participantes. Os trabalhos incluíram plantio de mudas de espécies nativas, com orientações sobre procedimentos de conservação e recuperação de nascentes e a importância dos mananciais para o meio ambiente e à população.
Além do plantio de mudas e sementes, os alunos das duas escolas participaram de atividades de interação e receberam brindes e lanches.
Cristalino
Localizada na fazenda Nossa Senhora Aparecida, às margens do Anel Viário e proximidades do bairro Alto da Boa Vista, a nascente do córrego Cristalino é uma das 14 que compõem a bacia do rio Queima Pé, principal fonte de abastecimento de água da cidade.
Área da nascente do Cristalino foi atingida por incêndio em agosto, resultando em graves danos ambientais.
Espremida entre o perímetro urbano e uma área de lavoura, a nascente sofre pressão da atividade produtiva e, também, de barragens destinadas a rebanho bovino e atividades empresariais.
No início desse mês, a área da nascente do Córrego Cristalino foi atingida por um incêndio iniciado pela palhada de uma área de lavoura anexa. Neste caso do Cristalino, o ponto atingido foi justamente o olho da nascente
Vale destacar que as duas nascentes – do Queima Pé e do Cristalino – são fundamentais para o abastecimento de água da cidade após serem totalmente recuperadas através do Cultivando Água Boa, assegurando a vazão de água que mantém cheias as represas da Estação de Captação, Tratamento de Água (ETA) de Tangará da Serra.