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CDL Tangará da Serra tem novo presidente; Falta de mão de obra preocupa setor (áudio)

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A Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Tangará da Serra apresentou na manhã desta quinta-feira (13) o seu novo presidente à sociedade local. Thiago de Souza Santos, empresário do setor de tabacaria (Brasil Esportes e Tabacaria) assume em lugar de Alessandro Rodrigues Chaves, que renunciou ao posto em virtude de sua pré-candidatura à vereança no município.

(*) Ouça o áudio da matéria, que roda na Enfoque Rádio Web ao longo dessa sexta-feira.

Do coffee break realizado no auditório da CDL, participaram representantes do poder Executivo – através da Secretaria Municipal de Indústria, Comércio e Serviços -, da Câmara Municipal – vereadores Professor Sebastian (União) e Hélio da Nazaré (PL) -, do governo estadual através da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros, além de membros da diretoria e associados da própria CDL. Também marcaram presença o presidente da Associação Comercial e Industrial de Tangará da Serra, empresário Rodrigo Andrade, vários segmentos empresariais, lideranças religiosas e imprensa.

Apresentação do novo dirigente da CDL aconteceu na manhã desta quinta, no auditório da entidade.

No uso da palavra, o novo presidente da CDL de Tangará da Serra disse que dará continuidade à gestão de Alessandro Rodrigues Chaves, que participou da entidade por 13 anos, chegando à presidência e deixando um saldo de mais de 1.000 associados e sede própria. “Alessandro subiu a régua da nossa CDL e isso aumenta a nossa responsabilidade”, disse Thiago.

O dirigente destacou que um dos focos será manter os bons resultados da campanha de final de ano da entidade, a já tradicional Natal Premiado CDL, que se consolida há várias edições como uma das grandes campanhas publicitárias de final de ano em Mato Grosso. “É uma campanha que fomenta o comércio local, traz pessoas de fora para adquirir em nossos estabelecimentos”, disse.

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As dores do segmento

Entre as incertezas vivenciadas pelo setor empresarial, se incluem uma pré-disposição do atual governo federal em alterar a configuração tributária com aumento de impostos (última tentativa relacionada ao PIS/Cofins) e, também, a tendência a um desajuste econômico a partir do crescimento do déficit fiscal. Há, também, a crescente desvalorização da moeda nacional frente ao dólar (cotado hoje, dia 13, em R$ 5,40, sendo o maior valor desde janeiro de 2023) e a evidente percepção de risco na economia brasileira, como verificado no CDS (Credit Default Swap), que subiu 14 pontos-base neste ano de 2024.

Thiago: “Nossa maior dor é a falta de mão de obra… a falta de qualificação, o despreparo que vemos nos currículos que nos chegam”.

Contudo, uma “dor” muito forte sentida atualmente pelo setor empresarial é a restrição na oferta de mão de obra. “Posso afirmar que hoje a nossa maior dor é a falta de mão de obra… a falta de qualificação, o despreparo que vemos nos currículos que nos chegam e estamos preocupados, estamos sentimos muito isso aqui no comércio… quem sabe um projeto que possa trazer mais qualificação”, observou.

Sobre o assistencialismo que, através de programas sociais de auxílios do governo, restringe ainda mais a oferta de mão de obra, Thiago diz, também, ver como um fator altamente nocivo a qualquer segmento da economia. “Não podemos generalizar, mas é comum vermos muita gente trabalhar por seis meses e depois forçar uma saída porque tem seguro desemprego e outros programas… isso é uma séria dificuldade que enfrentamos para manter um quadro de colaboradores”, enumerou.

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O assistencialismo que restringe a oferta de mão de obra

Informação do Tribunal de Contas do Estado (TCE) em novembro do ano passado indicou que ao menos 35 municípios de Mato Grosso poderão voltar à condição de distrito por não serem financeiramente autossuficientes traz à tona um dado preocupante que vem prejudicando a economia mato-grossense como um todo.

O assistencialismo, que permite que pessoas de má fé se cadastrem como beneficiários dos programas de auxílio do governo sem necessariamente terem necessidade de tais benefícios, é uma prática que vem comprometendo a oferta de mão de obra em Mato Grosso e em todos os estados do Brasil. Leia, no link a seguir.

Assistencialismo: Quase ¼ da população do MT é beneficiada por auxílios do governo

“Não querem mais a carteira assinada, querem trabalhar por diária”, observa um comerciante, que precisa dividir seu tempo entre a administração do negócio, o atendimento a fornecedores, às tarefas administrativas e as operações no açougue, onde está difícil contratar um colaborador para atuar naquele setor do seu estabelecimento. Sua esposa também ajuda, atendendo em um dos caixas. Leia, no link abaixo.

Assistencialismo leva à escassez de mão de obra; Governador diz que pode cortar benefícios (áudio)

O presidente da FCDL, David Pintor, também falou sobre alguns percalços sofridos pelo setor empresarial. No caso da escassez de mão de obra qualificada, o assistencialismo agrava esse gargalo. Leia, clicando no link a seguir.

Paralelo 14: Empresário diz que política impactou economia e escassez de mão de obra é entrave (áudio)

 

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MT terá free shop em Cáceres, mas especialistas cobram Tramo Norte e hidrovia

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O governador Mauro Mendes, anunciou, esta semana, a criação de um free shop – uma zona comercial que vende produtos importados livres de impostos – na cidade de Cáceres. O anúncio foi feito após reunião com diversas autoridades e representantes da região Oeste do estado.

Mendes explicou que o governo estadual fez uma análise criteriosa da questão e decidiu por autorizar o free shop. Ele afirmou que, ainda nesta semana, a lei será enviada para a Assembleia Legislativa. O objetivo é “dar segurança jurídica” à decisão.

Com a medida, o governo projeta um avanço econômico para Cáceres, servindo como polo de desenvolvimento e atraindo empresas.

Cáceres será contemplada com free shop, mas nível de renda preocupa (foto: SEAF-MT)

Para a prefeita de Cáceres, Eliene Liberato, o free shop, além de desenvolver o comércio de toda a região, vai atrair turistas e mudar o perfil de Cáceres, trazendo benefícios para os municípios do entorno.

O presidente da Assembleia Legislativa, Max Russi, acompanhou o anúncio e garantiu que vai trabalhar para aprovar o projeto de lei “o mais rápido possível”. Ele ressaltou que essa iniciativa vai deixar um legado, somando-se “aos outros grandes investimentos do governo em Cáceres, Zona de Processamento e Exportação, as obras no aeroporto, reforma de escolas e novas estradas”.

Cobrança pela hidrovia

O sucesso do free shop, porém, depende de algumas realizações. Afinal, uma zona de livre comércio comercializa seus produtos em dólar, o que exige um nível mais elevado de renda.

Para o economista Silvio Tupinambá, da Agenda Regional Oeste (ARO), a viabilização da hidrovia a partir de Cáceres é condição sine qua non para a ampliação da renda em Cáceres e região. “Não adianta termos um free shop se a renda da região é insuficiente… Os produtos nesse free shop são caríssimos, então tem que ter poder aquisitivo para garantir a circulação de dinheiro”, avalia.

Terminal portuário em Cáceres: Hidrovia precisa de liberação do Tramo Norte.

Ele faz uma comparação com o free shop existente em Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul. “Mas lá é fronteira com Paraguai e a renda é superior”, diz, comparando a economia das duas cidades. Enquanto em Cáceres o PIB adicionado é de R$ 2,2 bilhões e o per capita é de pouco mais de R$ 23,7 mil, em Ponta Porã o PIB global passa dos R$ 5 bilhões, com um per capita de R$ 52,7 mil.

Tupinambá teme a conversão da ZPE e do próprio free shop em “elefantes brancos” se a hidrovia não entrar em operação no curto prazo: “A pergunta que fica é: Cadê o tramo norte???”

Com base nesta reflexão, Tupinambá defende a liberação do tramo norte do rio Paraguai para navegação comercial. Com essa condição logística, a produção da Zona de Processamento de Exportação (ZPE) poderá ser escoada em alta tração, com frete bem mais barato, proporcionando competitividade. “Aí, sim! A ZPE operando em combinação com a hidrovia e o escoamento das commodities pelo modal hidroviário resultariam numa grande movimentação regional de valores, mais empregos e, por consequência, mais renda”, observa o economista.

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Sílvio Tupinambá teme a conversão da ZPE e do próprio free shop em “elefantes brancos” se a hidrovia não entrar em operação no curto prazo. “A pergunta que fica é: Cadê o tramo norte???”, questiona.

Situação

A questão da liberação do tramo norte do rio Paraguai para navegação comercial é uma grande expectativa entre os empreendedores. Segundo o empresário Claudio Padilha, diretor do futuro terminal portuário de Paratudal, “as gestões políticas e o envolvimento da sociedade civil são imprescindíveis para apoiar o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) a manter a dragagem em execução no tramo norte e incluir nesse processo a Lagoa Gaiva e a licença de operação do IBAMA”.

Porto de Paratudal deverá entrar em operação em meados de 2026.

Padilha destaca que a atuação da bancada federal de Mato Grosso é fundamental para  direcionar verbas especificas ao DNIT para as operações de dragagem e contratação de estudos para cumprir com as exigências do IBAMA e outros órgãos envolvidos no processo.

O diretor reforça a importância da força política, incluindo os prefeitos e prefeitas da região, incluindo Tangará da Serra, Barra do Bugres, Nova Olímpia e o Chapadão dos Parecis.  “Os gestores dos municípios da região de influência da hidrovia do Paraguai podem atuar juntos aos representantes dos seus partidos na Câmara Federal para ampliar esse engajamento, assim como entidades e associações ligadas ao agronegócio no estado”, disse.

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Cláudio Padilha informa, ainda, que os empreendedores estão fazendo sua parte. “Nós, da iniciativa privada e diretamente interessados no tema, já tivemos reuniões com o setor aquaviário do DNIT e estamos mantendo contato no sentido de pedir urgência na atuação dos mesmos para apresentarem uma solução, em especial quanto ao impasse da dragagem da Gaiva”, finalizou Claudio Padilha.

(Redação EB, com Sapicuá RN)

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