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CDL aponta queda da inadimplência em Mato Grosso. Febraban defende juros menores

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O número de consumidores com dívidas atrasadas em Mato Grosso teve a maior queda mensal de 2024. Segundo levantamento do Núcleo de Inteligência de Mercado da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Cuiabá e do SPC Brasil, Serviço de Proteção ao Crédito, a inadimplência caiu 3,2% em maio no comparativo com o mês anterior.

O estudo aponta que quatro em cada dez consumidores têm dívidas de até R$ 1.000,00 e pouco mais de 38% estão inadimplentes entre um e três anos.

Cada devedor tem, em média, duas contas atrasadas. Já o valor médio das dívidas é de R$ 5.076,00.

Cerca de metade (49%) das dívidas da população com as finanças no vermelho são com bancos ou outras instituições financeiras. Em segundo lugar aparecem as dívidas com o comércio, que representam 26,8%, e água e luz, com quase 11%.

Quanto à faixa etária, a maior parte dos endividados, 26,7%, têm entre 30 e 39 anos de idade, seguido pelo grupo entre 40 e 49 anos, com 21,7%.

Juros menores

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Segundo a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), a tendência é que a inadimplência no Brasil retorne aos patamares verificados antes da pandemia da Covid-19. Segundo a entidade, estudo aponta que um novo cenário em vista vai contra a percepção do Comitê de Política Monetária (Copom) ao interromper o ciclo da queda da taxa de juros (Selic).

Para o presidente da Febraban, Isaac Sidney, a decisão do Banco Central é ruim do ponto de vista daquilo que era necessário fazer. No entanto, diz que respeita como decisão técnica, olhando para o cenário e a conjuntura. “Não estou fazendo nenhuma crítica ao nosso regulador (Banco Central), que tem sido um grande parceiro nesse freio de arrumação, que se mostrou necessário… isso mostra que é um momento de se analisar os dados para saber em que momento nós vamos poder voltar a ter, novamente, a continuidade da queda da taxa básica… os bancos querem os juros menores, temos todo o interesse de que o Brasil tenha juros estruturais mais baixos porque isso fará com que o acesso ao crédito seja melhor”, disse.

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(Redação EB, com Sapicuá e Conteúdo Brasil)

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MT terá free shop em Cáceres, mas especialistas cobram Tramo Norte e hidrovia

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O governador Mauro Mendes, anunciou, esta semana, a criação de um free shop – uma zona comercial que vende produtos importados livres de impostos – na cidade de Cáceres. O anúncio foi feito após reunião com diversas autoridades e representantes da região Oeste do estado.

Mendes explicou que o governo estadual fez uma análise criteriosa da questão e decidiu por autorizar o free shop. Ele afirmou que, ainda nesta semana, a lei será enviada para a Assembleia Legislativa. O objetivo é “dar segurança jurídica” à decisão.

Com a medida, o governo projeta um avanço econômico para Cáceres, servindo como polo de desenvolvimento e atraindo empresas.

Cáceres será contemplada com free shop, mas nível de renda preocupa (foto: SEAF-MT)

Para a prefeita de Cáceres, Eliene Liberato, o free shop, além de desenvolver o comércio de toda a região, vai atrair turistas e mudar o perfil de Cáceres, trazendo benefícios para os municípios do entorno.

O presidente da Assembleia Legislativa, Max Russi, acompanhou o anúncio e garantiu que vai trabalhar para aprovar o projeto de lei “o mais rápido possível”. Ele ressaltou que essa iniciativa vai deixar um legado, somando-se “aos outros grandes investimentos do governo em Cáceres, Zona de Processamento e Exportação, as obras no aeroporto, reforma de escolas e novas estradas”.

Cobrança pela hidrovia

O sucesso do free shop, porém, depende de algumas realizações. Afinal, uma zona de livre comércio comercializa seus produtos em dólar, o que exige um nível mais elevado de renda.

Para o economista Silvio Tupinambá, da Agenda Regional Oeste (ARO), a viabilização da hidrovia a partir de Cáceres é condição sine qua non para a ampliação da renda em Cáceres e região. “Não adianta termos um free shop se a renda da região é insuficiente… Os produtos nesse free shop são caríssimos, então tem que ter poder aquisitivo para garantir a circulação de dinheiro”, avalia.

Terminal portuário em Cáceres: Hidrovia precisa de liberação do Tramo Norte.

Ele faz uma comparação com o free shop existente em Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul. “Mas lá é fronteira com Paraguai e a renda é superior”, diz, comparando a economia das duas cidades. Enquanto em Cáceres o PIB adicionado é de R$ 2,2 bilhões e o per capita é de pouco mais de R$ 23,7 mil, em Ponta Porã o PIB global passa dos R$ 5 bilhões, com um per capita de R$ 52,7 mil.

Tupinambá teme a conversão da ZPE e do próprio free shop em “elefantes brancos” se a hidrovia não entrar em operação no curto prazo: “A pergunta que fica é: Cadê o tramo norte???”

Com base nesta reflexão, Tupinambá defende a liberação do tramo norte do rio Paraguai para navegação comercial. Com essa condição logística, a produção da Zona de Processamento de Exportação (ZPE) poderá ser escoada em alta tração, com frete bem mais barato, proporcionando competitividade. “Aí, sim! A ZPE operando em combinação com a hidrovia e o escoamento das commodities pelo modal hidroviário resultariam numa grande movimentação regional de valores, mais empregos e, por consequência, mais renda”, observa o economista.

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Sílvio Tupinambá teme a conversão da ZPE e do próprio free shop em “elefantes brancos” se a hidrovia não entrar em operação no curto prazo. “A pergunta que fica é: Cadê o tramo norte???”, questiona.

Situação

A questão da liberação do tramo norte do rio Paraguai para navegação comercial é uma grande expectativa entre os empreendedores. Segundo o empresário Claudio Padilha, diretor do futuro terminal portuário de Paratudal, “as gestões políticas e o envolvimento da sociedade civil são imprescindíveis para apoiar o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) a manter a dragagem em execução no tramo norte e incluir nesse processo a Lagoa Gaiva e a licença de operação do IBAMA”.

Porto de Paratudal deverá entrar em operação em meados de 2026.

Padilha destaca que a atuação da bancada federal de Mato Grosso é fundamental para  direcionar verbas especificas ao DNIT para as operações de dragagem e contratação de estudos para cumprir com as exigências do IBAMA e outros órgãos envolvidos no processo.

O diretor reforça a importância da força política, incluindo os prefeitos e prefeitas da região, incluindo Tangará da Serra, Barra do Bugres, Nova Olímpia e o Chapadão dos Parecis.  “Os gestores dos municípios da região de influência da hidrovia do Paraguai podem atuar juntos aos representantes dos seus partidos na Câmara Federal para ampliar esse engajamento, assim como entidades e associações ligadas ao agronegócio no estado”, disse.

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Cláudio Padilha informa, ainda, que os empreendedores estão fazendo sua parte. “Nós, da iniciativa privada e diretamente interessados no tema, já tivemos reuniões com o setor aquaviário do DNIT e estamos mantendo contato no sentido de pedir urgência na atuação dos mesmos para apresentarem uma solução, em especial quanto ao impasse da dragagem da Gaiva”, finalizou Claudio Padilha.

(Redação EB, com Sapicuá RN)

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