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Bebida essencialmente brasileira, a Cachaça é o primeiro destilado das Américas

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Com mais de 500 anos de história, a cachaça, bebida tipicamente brasileira, é o primeiro destilado das Américas. Ela precede o Rum, a Tequila, o Bourbon Americano (whiskey), o Pisco, dentre outros destilados típicos dessa região do mundo.

Segundo relata o apreciador e colecionador de cachaça, Nelson Alves, licenciado em História, a bebida tupiniquim tem sua origem entre os anos de 1516 a 1532, a partir do Ciclo do Açúcar no Brasil e, os registros mostram que a primeira destilação ocorreu em uma dessas três localidades: São Vicente (São Paulo), feitoria de Itamaracá (Pernambuco) e Porto Seguro (Bahia)”. E, há quem defenda que no primeiro carregamento de Açúcar, em 1526, a cachaça já teria sido enviada para a Europa e África.

Nelson e parte de sua coleção: Relíquias que contam parte da história.

Com relação aos demais destilados existentes nas américas, Nelson selecionou quatro produtos conhecidos pela maioria. “Não estou aqui para fazer um ranking, apenas para citar alguns entre tantos destilados existentes no nosso continente”, diz.

RUM

Ao falar do Rum, Nelson tem como base o professor, autor de diversos livros e conferencista Jairo Martins, também conhecido como o ‘cachacista’, ao defender que a bebida foi produzida a partir de 1600 nas ilhas caribenhas (Jamaica, Martinica e Barbados). “Professor Jairo argumenta que o Rum é o filho da Cachaça e segundo ele, quando os holandeses foram expulsos do Brasil entre 1530 a 1564, levaram consigo a cana-de-açúcar, e, fixando nas ilhas caribenhas iniciaram a produção do Rum, tendo como matéria, o melaço”, cita, destacando que, nas colônias britânicas, a produção ganhou grande proporção em 1650, quando o rum já era uma bebida popular entre os marinheiros e trabalhadores da região.

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Durante a era colonial, o rum se tornou uma parte integral da economia das colônias, e os colonos usavam o rum não apenas para consumo pessoal, mas também como moeda de troca.

TEQUILA

Esse destilado de origem mexicana tem sua matéria prima principal o Agave Azul (espécie de abacaxi gigante, que só se desenvolve em terrenos vulcânicos e em climas áridos).

De acordo com Nelson, sua história remonta ao período pré-hispânico. Os astecas produziam uma bebida que pode ser comparada à tequila. Os espanhóis chamaram essa bebida meio adocicada de aguamiel e os religiosos a chamavam de “bebida dos deuses”’. “Como os espanhóis possuíam a arte da destilação, começaram a produzi-la a partir do vino do mezcal (vinho do mexcal), que é a sua versão mais rústica. Em 1758, o rei da Espanha licenciou o produto e permitiu a fundação da primeira destilaria do país por José Antonio Cuervo, que deu o nome a uma das marcas mais conhecidas”, relata.

A tequila é um nome protegido e é produzida exclusivamente em cinco estados mexicanos: Jalisco, Nayarit, Guanajuato, Michoacan e Tamaulipas.

PISCO

Destilado de origem peruana e chilena, o Pisco remonta ao Século XVI.  É o destilado típico desse país, elaborado a partir do vinho fermentado de variedades de uvas (Vitis vinifera).

De acordo com o historiador, desde meados do século XVI, os espanhóis começaram a utilizar o nome “Pisco” quando os monges da costa intensificaram a produção do pisco de uva peruano, produto que rapidamente se converteu numa bebida popular por suas características muito particulares, como o fato de ser incolor e de ter um alto grau alcoólico.

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Também há de se destacar que a disputa pela maternidade do pisco é acirrada e nunca houve uma conclusão sobre a origem. Na dúvida, consideramos que o pisco tem mesmo duas famílias e cada uma delas é especial.

BOURBON AMERICANO

Por final, Nelson destaca o Bourbon, uma das bebidas destiladas mais icônicas dos Estados Unidos. Sua origem remonta ao final do século XVIII, por meio dos colonos de nacionalidade escocesa, irlandesa e alemã que se estabeleceram na região que hoje conhecemos como Kentucky. Eles tinham as tradições de destilação de seus países de origem e ao chegarem às terras férteis do Kentucky, adaptaram suas técnicas ao que estava disponível na região: milho abundante e água pura filtrada por calcário.

Ainda segundo os especialistas, a composição do Bourbon é o que verdadeiramente o diferencia de outros tipos de whisky, pois, de acordo com as regulamentações dos Estados Unidos, para ser considerado Bourbon, o destilado deve conter no mínimo 51% de milho, o que lhe confere um sabor naturalmente mais adocicado. O Bourbon é aclamado como o “espírito americano”.

OUTROS DESTILADOS DAS AMÉRICAS

Para finalizar, Nelson cita outros destilados menos conhecidos como o Singani Boliviano, a base de uvas brancas, com origem no século XVI; o  Guaro, bebida alcoólica colombiana produzida pela destilação de cana-de-açúcar e anis, este com origem em 1851. Neste mesmo ano foi produzido na Costa Rica o Cacique Guaro (cana), que é atualmente a marca oficial, símbolo de orgulho nacional naquele país centro-americano.

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Feirantes escolhem no próximo domingo a diretoria da ASFET para o biênio 2025-27

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Cerca de 300 feirantes que atuam na Feira do Produtor do Centro elegerão no próximo domingo (04.05) a nova diretoria da Associação dos Feirantes de Tangará da Serra (ASFET),  para gestão da entidade no biênio 2025-27. O pleito ocorrerá através de votação secreta, das 08h00 às 11h20, em urna disponibilizada no setor administrativo da própria Feira.

Ainda não há confirmação de inscrição de chapas. Porém, segundo informações, já há movimentações no sentido de composição de chapas, com prazo até a amanhã, terça-feira (29.04), para a disputa eleitoral da entidade.

Para votar e compor chapas, o feirante associado deverá estar em pleno gozo dos seus direitos associativos e em dia com as obrigações perante a entidade. Outra exigência é que o feirante precisa ter, pelo menos, dois anos como associado. “Nossa associação é uma entidade democrática e a eleição do próximo domingo vai expressar a vontade dos nossos associados para a gestão no próximo biênio”, diz o atual presidente da ASFET, Valdeci Ferraz Aquino.

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Demandas e prioridades

Para o biênio 2025-27, as prioridades para a Feira do Produtor do Centro são as obras de reforma e modernização, cujo projeto já está concebido em sua primeira etapa – correspondente ao novo escritório administrativo e a readequação das instalações elétricas -, a  a instalação de um poço artesiano e um sistema de geração de energia fotovoltaica.

A nova diretoria também terá a missão de dar continuidade à busca de solução para o gargalo verificado no estacionamento para clientes no entorno da Feira, resultante dos significativos aumentos da população e da frota de veículos da cidade nos últimos 10 anos.

Outro desafio será concluir o processo já em andamento para adequações sanitárias na manipulação, produção e comercialização de alimentos de origem animal e outros, em cumprimento da Lei 5.348/2020 e Decreto 877/2024.

(Assessoria Especial)

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